19/10/2009

FIC - ARQUIVO-LOVE ( X files n' xena ) ( Scully & Reyes LL& ROC em outros personagens. )




Bom, vamos lá!!!

Não diria que esta é a melhor fic que vocês vão ler... Na verdade é só um passa-leve-tempo, ou perca-pesado-tempo.

Não sei nada da justiça americana.  Não entendo patavina de medicina, não sou perita em ufologia e sou uma bagaça com o assunto “mulheres” Rs!

Mas, depois de nove anos de arquivo-X, e mais, e dois eps de presente com minha IDOLATRADA LL. Deu no que deu!!!

Após ver um vídeo de uma amiga, “SCULLY & REYES”. Tive a idéia desta fic.

Quem acompanhou a última temporada da série e não ficou se perguntando o que houve com Shannon McMahon? (LL)

Bom, eu fui uma delas... E... O que é da nossa adorada e sempre morena, sem a tão sweet loira? NADA!
Eu realmente extrapolei dessa vez né? O que tenho a dizer é: minha abdução foi realmente bem sucedida, pois depois dessa fic, eu só tenho isso a dizer!

Os aliens foram bem nos experimentos com a minha pessoa.

Bom... Essa fic está dando trabalho!  Tive que rever o seriado de nove temporadas (mentira, vi só a 8ª e a 9ª). Ler livros. Só pra não deixar o povo boiando. (carinhosa eu, não?)

Eu adorei escrever sobre a Dana e Monica... Rever o seriado me deu um baita sentimento nostálgico de um tempo não tão distante que já faz três anos.

Eu adorei ver os videozinhos pra passar pra vcs aqui...

Vcs vão adorar!!! Juro!

Vejam os vídeos que to colocando aqui... Pra quem não conhece a série, vai ser legal... Ter uma noção de quem é quem... Dar cara ao povo. Ou relembrar a cara deles.

Um desses vídeos foi feito por uma amiga minha... Tamy obrigada por fazê-lo! Meu vídeo favorito é o primeiro q coloco aqui... O dela. Muitoooooooo bem editado.


- Esse é tão cuti! Tão forte e doce! Da pra sacar um pouco da fuga da Scully com Mulher, da defesa que a Monica tinha pra com ela e tals!

Lindo, lindo, lindo, lindo, lindo!!! Uns dos melhores!!! PERFEITO!!! ESSE E O DA TAMY SÃO OS MELHORES... Eu chorei de emoção! PERFEITOOOOOOOOO!!!

Vale a pena ver... dinovo! kkkkkEsse é um xuxuzinho!


vi várias vezes! bemmmmmmmmm romântico! E esse


...é meu! Com todas as personagens da minha fic!  São OBRIGADAS E VER!  É o meu TRAILER!!!!!!!!!!

Bônus: Como eu sou muito boaaaa!!   Quem viu o Ep que Lucy Lawless fez... terá uma facilidade maior de entender minha fic, se não... Eu fiz um resumido ep (No cap. 2). To colocando aqui o link dos dois ep que ela fez... Quem quiser ver... Está com legenda já!


9.1- Nada de importante aconteceu hoje I -

http://www.megaupload.com/pt/?d=ZOHUBRB7
Ou
http://www.sendspace.com/file/qrax39

9.2 Nada de importante aconteceu hoje II

http://www.megaupload.com/pt/?d=63JSA22T
OU
http://www.sendspace.com/file/oqw537  


Explicações
: Tem altas coisas nada românticas e outras muito fofas!

Aos não amantes da Dana Scully (*que se  diz Deina Scâlly), ou as que não conhecem...
Tratem de conhecer... Não sabem o que estão perdendo! ( ela é uma gata )

Na minha Estória ela tem um romance com a agente Monica Reyes... Que entra no seriado no final da 8º temporada, e faz toda a 9ª.

A agente Reyes foi designada para tomar conta da agente Scully.

O seriado começa com uma grande conspiração... Todo mundo sabe que Mulder é da Scully e a Scully do mané do Mulder... Mas... Eu tenho a mente aberta e acho que ela é muito bonita pra ficar com aquele #$$@%$$@.

Enfim... Durante nove anos eles lutam para encontrar a VERDADE... Que vem ter uma frase clássica da serie...  A verdade está lá fora... Ou Trust no one.. (não confie em ninguém).

Ou mesmo o pôster de um OVNI, com os dizeres I WANT TO BELIEVE. ( eu quero acreditar).

Resumo... Scully é abduzida no final da primeira temporada... dois anos depois ela descobre um microchip no pescoço.. O retira e essa retirada lhe causa um câncer... depois ela se cura colocando o chip outra vez. Descobre que tem uma filha, feita nessa abdução. Mas a menina morre.

Quando o agente Mulder desapareceu, (na oitava temporada) a agente scully ficou grávida, (sabe-se lá de quem, a mulher era estéril). O agente Doggett (Robert Patrick) entrou no lugar dele para trabalhar nos arquivos x. Depois, o idiota do Mulder volta, e ela está grávida. Tem o bebê, que no caso, foi Reyes quem fez o parto. Só que o bebê é uma espécie de alien, salvador ou destruidor da humanidade. Para salvar a vida do filho, ela o entrega à adoção. Ao fim da série, Mulder é acusado de matar um cara que não morre. E é condenado a pena de morte (que pena que não morreu). Aí... Ele e scully fogem!

No filme recente (2008)... O  “I want to believe”.  O FBI perdoa a fuga de Mulder, se ele ajudá-los com um padre que tem visões paranormais de mulheres que estão sendo seqüestradas e mortas... Scully está nessa época, trabalhando como médica.  Aí que começa minha estória!  Ao fim desse filme que me deu raiva.

Retratação: Todos os personagens que são mencionados aqui e que pertencem aos Arquivos X, pertencem a Chris Carter e a 20th Century Fox.
Todos os outros personagens mencionados que não se enquadram nesta categoria são criações da autora, que sou eu.

ADVERTÊNCIA
: Sexo Descritivo.  Por favor, ninguém abaixo de 18 aninhos!!! Nem eu nem ninguém nos responsabilizamos por desobedecia.

Dedicatórias e agradecimentos:
Dedico esta fic paraNat/Missy, Moni/Tamy, Deza/nozinha, Nanda/Daninha, Aline/Marita.

É com muito orgulho, amor e carinho que digo; que uma das melhores épocas de minha vida foi o tempo que passamos juntas.

Altas pingas, Os I love Gillian, Muita AG... Go Scully! Claro! Os viras clássicos de tequilas! “ARRIBA REYES!!!”

Obrigada, por ainda fazerem parte das minhas melhores recordações!

‘AMO VCS COM TODO MEU CORAÇÃO”

Obrigada Cecília, pela ajuda na correção! Pela força das Garotas no KUT... À Minha internet... Jurássica... PC DA XUXA MOVIDO À LENHA... COM NET À MANIVELA.

Fernanda, Você é o melhor que existe em mim!  Te mô!




Parte I


Sophia parou frente ao prédio do quartel general do F.B. I em Washington, D.C. Lembrando de sua última conversa com seu superior e com  Clarice.


Academia do F. B. I - New York City.  09:25 AM - 24:00  Hrs Antes.


- Me chamou diretor Marshall? – Perguntou Sophia entrando em sua sala.
- Sim agente Winllous, sente-se, por favor. – Disse o homem de meia idade de cabelos castanhos e impecavelmente penteados.
- Sim, o que deseja senhor? – Sophia se sentou perguntando impacientemente.
- Vá baixando o nível do stress comigo agente Winllous. Lembre-se que eu sou seu superior, e eu exijo respeito de sua parte. - Repreendeu o homem seriamente.
- Sim senhor. – Concordou ela de mau gosto.
- Aqui está sua transferência pra Washington. Assine e, por favor, trate de esvaziar sua sala o mais rápido possível.
- Mas por que senhor? Eu não fiz nada para merecer essa transferência. Nós pegamos Lacter. Ele está atrás das grades agora. Eu e Starlling fizemos um ótimo trabalho. Não acho justo uma transferência sem motivos. – Sophia estava indignada.
- Sem motivos, agente Winllous? – Pausa.
- 1°: Vocês não tinham autorização para fazer aquela invasão. 2º: Vocês colocaram a vida de dúzias de pessoas em risco. Além de colocar as de vocês e a de uma dezena de meus melhores agentes. E 3º: Claro, não menos importante. Você sabe muito bem qual é a regra a respeito de envolvimentos pessoais entre os nossos agentes. É extremamente proibido. Ainda mais sendo este um envolvimento gay.
- Não sei do que está falando.  – mentiu Sophia.
- Não sabe mesmo agente Winllous? – perguntou seu superior. – Eu já lhe havia avisado sobre seu envolvimento com a agente Starlling, mas você não quis me ouvir. Dê graças a Deus por eu não te suspender eternamente.
- Sinto muito!!! Eu não posso admitir isso.  Na minha vida pessoal mando eu. E quanto a , já fazem mais de dois meses que não temos mais nada.  – Gritou Sophia se levantando da cadeira que estava sentada.
- Abaixe o tom de voz quando falar com o seu superior, agente Winllous.  Eu não vou aturar mais um de seus vexames esquentadinhos.  Porque se não, eu mesmo farei questão de assinar sua suspensão por tempo indeterminado. E apreenderei agora mesmo sua arma e seu distintivo... – Respirou fundo e continuou. - Me parece que trabalhará juntamente com duas outras agentes em D. C. Espero que as respeite e não se envolva novamente em um escândalo ridículo de casos gays dentro do FBI. Agora seja boazinha e assine sua transferência e sai da minha sala imediatamente. – berrava o homem tentando manter uma calma que a agente Winllous tirava dele seriamente. - Como quiser S-E-N-H-O-R!!! – Falou uma Sophia totalmente cínica. Ela assinou o papel, o pegou e saiu da sala do diretor sem olhar para trás. Ainda fez um gesto de delicadeza de despedida batendo a porta. Os demais agentes presenciaram a cena do lado de fora dos corredores. Não ousaram falar nada.


Sophia era uma das melhores agentes do condado de NYC. Ela esteve cinco anos em Quântico depois trabalhara dois anos em New Orleans, e já havia quatro anos estava em Nova York. Era formada em química por Harvard, mas decidira seguir a carreira de federal como sua mãe. Era uma mulher muito centrada, a quem os outros temiam. Era correta em quase todos os sentidos e gostava das coisas bem feitas. Era uma mulher alegre, mas era uma baixinha esquentadinha e invocada.Agora, andava em direção a sua sala em passadas fortes e os demais colegas se afastavam para que ela pudesse passar. Alguns não se importavam. Outros davam risadinhas abafadas em seu canto.

- Agente Winllous há algum problema? Por que esse stress todo, o que houve? – perguntou uma voz atrás de Sophia.

“Droga” a última pessoa que queria ver nesse momento era ela. Sophia se virou e se viu cara a cara com a ruiva de olhos azuis marcantes.

- Aconteceu sim minha querida . . .  Aconteceu que: Washington aí vou eu. . .  – Falou Sophia cinicamente.
- Como assim?
- Como assim que toda essa sua brincadeira de pegar Lacter e brincar de casinha comigo, quase me fez ser suspensa. O que ganhei foi uma transferência pra D. C. Você continuará famosa... Graça a seu Doc. Lacter. Quanto a mim...  Nem sei onde vou ficar naquela cidade chata. A culpa é toda sua. Foi VOCÊ quem insistiu na história de ficarmos “juntas”.  Agora eu praticamente perco meu emprego. Agradecerei aos deuses se eles não me mandarem para o porão, rever documentos.
- Não foi minha culpa se as coisas não deram certo para nós. Você é muito esquentada, e acha que tem razão em tudo, mas não tem. Eu adoro você. Mas não vou ficar agüentando seus insultos Sophy. Sinto muito, eu não tenho culpa. – Falava calmamente.
- Em 1º lugar não existe nós. Existe um você. E em 2º, nunca mais ouse me chamar de Sophy. Em 3º: Em partes eu estou até feliz de não precisar mais dar satisfação do que eu faço para você. – A loira resolveu ser dura então.
- Como você pode ser tão fria Sophia? – mantinha a calma com que sempre falava.
- Se eu sou fria por que você quis esquentar as coisas entre a gente? Fique com meus CD’s para você. Não os quero mais. Adeus Clarice.


SEDE DO FBI WASHINGTON D. C. 09:30 AM.



- Sente-se Agente Winllous. – Ofereceu o homem.
- Obrigada! – Sorriu
- Muito prazer agente Winllous, eu sou o Vice-Diretor Alvin Kersh. - Sorriu o Vice-Diretor.

Um homem em seus cinqüenta anos, negro, alto e bem forte.

- O prazer é todo meu diretor. – Respondeu Sophia sorrindo.
- Veremos o que a trouxe a D. C. - O homem pegou um arquivo com a o nome de Sophia e passou a ler.
- Pelo que posso ver Lacter deu certos problemas a você e a agente Starling. – Falou ele sem olhá-la.
- Um pouco. – Respondeu ela sem muito entusiasmo.
- Pois bem, o que vejo é que seu relacionamento com a agente Starling não estava sendo muito bem visto aos demais. Não vejo problemas nisso ao ponto de darem a você uma transferência, mas se já está aqui, sinta-se em casa.
- Obrigada!
- Estamos com um caso biológico a ser resolvido. O departamento de justiça e o de ciências biológicas entraram em contato com o F.B. I. há dois dias, pois autoridades de Maryland não têm como sustentar o caso. O caso já foi passado ao seu novo diretor assistente. Nesse momento ele esta comunicando a suas novas parceiras. Espero que se dêem bem. Aqui está o numero da sala dele. Tenha um bom dia agente Winllous.
- Obrigada senhor. - Sorriu ela timidamente. - Com licença.

Ele apenas balançou a cabeça consentindo.

-Sophia parou frente à porta do seu novo diretor e bateu duas vezes.
- Pode entrar. – Disse uma voz firme.
- Licença! – pediu a loira timidamente.
- Aproxime-se. Você deve ser a agente Winllous?!
- Sim! Sou eu senhor. - As outras duas agentes sentadas observavam a entrada de Sophia.

A morena com um sorriso simpático e a ruiva com a fisionomia indecifrável.

- Agente Winllous eu sou seu novo diretor assistente. Muito prazer.  Sou Walter Skinner. – Disse-lhe estendendo a mão.
- Sophia Winllous.  – Respondeu ela.
- Quero que conheça as agentes Scully. . . – apontou para ruiva – E agente Reyes. – Apontou à morena.

Reyes lhe sorriu novamente. Sophia andou em direção as agentes sentadas. Estendeu a mão para Scully.

– Prazer em conhecê-la agente Scully.
- Igualmente. – Respondeu ela em um sorriso formal.
- Monica! –
- Sophy! – Disse ela se levantando e abraçando a velha amiga.
- Vejo que já se conhecem. – Disse o diretor coçando sua careca lustrosa.
 - Sim! Já faz algum tempo. Estivemos juntas em Quântico e depois em Nova Orleans.
- Exatamente há 12 anos.
- Excelente! Mas sente-se, por favor, agente Winllous. – Sorriu o diretor.

Ela acomodou-se e ele seguiu em seu discurso.

 - Estamos com um caso nas quais as formações das agentes Scully e Winllous será muito útil. É um caso biológico. Há cerca de duas semanas, o estado de Maryland, especificadamente Baltimore, começou a receber chamadas em seus hospitais nas quais as pessoas começaram a sentirem dores fortes.
- Que tipo de dores? – Perguntou a agente ruiva.
- Abdominais, cervicais, estomacais. As crianças começaram a ter certo tipo de alergia à água. Os abortos foram contados em 17 nesse período. O número de crianças que nasceram deformadas foi alarmante; 22 sem explicações genéticas para isso. Foram colhidas várias amostras de água para análises técnicas e biológicas, mas os laboratórios não encontraram nada politicamente fora dos padrões aprovados pelo departamento de saúde. De qualquer forma, parte da cidade foi colocada em quarentena.
- Então não podem provar que foi a água! – Afirmou Scully.
- Estive conversando com o xerife da cidade. O xerife Norwmalo disse-me que o número de assaltos, estupros e assassinatos cresceram 98% nesse período. Mas, o que me assustou, foram alguns recortes de jornais que chegaram a meu gabinete, contendo apenas o envelope do departamento de justiça como remetente.
- Isso não está me cheirando à coisa boa. – Disse a agente morena.
- Exatamente por isso quis colocá-las nesse caso. Se for o que estou pensando somente vocês poderão resolver.
- Isso não me parece nada com um caso biológico. – Falou Scully seriamente.
- Eu não sei agente Scully. O meu medo não é se é um caso biológico. - Disse ele em um tom baixo.

“Como não parece um caso biológico? Ela é desregulada” – Pensava Sophia.

- Isto também não me parece com o que já vimos no passado. - Disse Reyes.
Sophia estava “boiando”.
- O departamento de justiça está na nossa cola. Já que o caso foi passado para o FBI
eles estão nos escondendo algo que não sei ainda. E vocês têm que descobrir.
- Eu não gostei disso! – Falou a ruiva com as mãos no rosto.
- Não posso confiar em mais ninguém para esse trabalho. – Ele parecia estável, mas preocupado.

Scully respirou fundo e fintou um espaço vazio. Depois olhou seu diretor com seu olhar sério e frio de sempre.

- Eu passei muito tempo caçando no escuro. Não quero mais passar por tudo outra vez. Estou muito satisfeita de não ter sido presa e de poder reingressar novamente ao FBI. Não posso viver tudo aquilo outra vez. Mesmo depois do que houve um ano atrás. Com o acontecido do padre.
- Eu preciso da ajuda de vocês. Tem noção do que seria se isso caísse em mãos erradas? – Ele estava atônito.
- Por mim tudo bem. – Disse a morena.

Scully apenas balançou a cabeça afirmativamente.

- Então, Scully e Reyes... Quero-as em Baltimore o mais rápido possível. Agente Winllous, você entrará em contato com o departamento de justiça. Descubra quem está por dentro deste assunto. E se possível, quem está enviando os recortes.
- Senhor...- fez uma pausa. - Penso que a pessoa que está por trás disso, tem ligação com o FBI. Como alguém do departamento de justiça entraria em nossa sede sem maiores problemas se não tivesse algo que o relacionasse dentro do FBI? – Disse Sophia se pronunciando pela primeira vez. - Ou alguém está tentando fazer-nos acreditar que é alguém de lá.
- Eu também já pensei isso. Veremos. Já se instalou na cidade agente Winllous?
- Estou em um hotel até encontrar um apartamento.
- Tudo bem. Então acompanhe as agentes Scully e Reyes que elas lhe darão todas as informações que precisa para sua investigação. Estão dispensadas.

Sophia e Monica conversavam animadoramente até chegarem ao porão do FBI.

- Era aqui que funcionavam os arquivos-x não era? – Perguntou Sophia, olhando ao redor.
- Era sim. Esse lugar tem muita história para nós. Por isso continuamos nessa sala. – Disse a morena tristemente. - Bom, fique a vontade para fazer suas ligações. – Continuou ela.
- Obrigada.
- Aqui estão os números do departamento de justiça. Suponho que você saberá o que fazer em seguida. – Falou a ruiva entregando-lhe uma pasta de arquivos.
- Obrigada.
- Aqui estão os nossos celulares. – Entregou-lhe Reyes.
- Ok! Aqui está o meu. – Rabiscou um papel e deu a sua amiga.
- Se precisarmos de algo, entro em contato com você. – Falou a ruiva.
- Tudo bem! Estarei iniciando minhas ligações agora mesmo. Qualquer informação as aviso.
 - Certo agente Winllous, será um prazer trabalhar com você. Aprecio seu trabalho há um bom tempo. – Disse a ruiva sorrindo.
- Igualmente agente Scully.A morena e a ruiva saíram da sala e Sophia sentou em uma cadeira pegando o telefone.
- “Estou caçando no escuro”. Não é pior do que imaginava.
- Alô! Aqui é agente especial Sophia Winllous do F.B.I, eu gostaria de falar com seu superior....


************

- Dana por que está com essa cara? – Perguntou a morena ao volante.
- Você ainda me pergunta Monica? Sabe que esse caso pode ser uma retrospectiva do que passamos há oito anos atrás. Eu tinha enterrado tudo isso.
- Dana, mas se não for? Há possibilidade para tudo. – A morena parecia calma.
- Eu espero.
Silêncio.
- Eu estou aqui Dana! Sempre estive. Sempre estive a seu lado, desde o primeiro momento. Quando você esteve em perigo eu estive lá. Quando seu filho correu perigo; eu estive lá. Quando você se preparou para fugir com... Mulder...
– Disse tristemente a última palavra. - ... Eu estive lá. Ao seu lado. Quando quis regressar ao FBI; eu te apoiei. E parece que você nunca confiou em mim. Eu sempre me desdobrei por você, pelas suas necessidades e pela sua segurança. E nem um .... Esquece – Ela segurava o nó em sua garganta.

Os olhos castanhos que normalmente eram cheios de vida, e de um sorriso que ninguém mais possuía, estavam agora marejados e cheios de dor. Mas ela não daria esse gostinho a ela outra vez. Dana não merecia mais nenhuma lágrima sua.

- Por que esta me dizendo isso Monica? – Perguntou a mulher ruiva.
- Por nada! Esquece o que eu disse. – Disse fintando os olhos azuis da ruiva e se virou novamente colocando a atenção na estrada.
O silêncio tomou conta do carro novamente. Scully então decide quebrá-lo.
- John foi te procurar ontem logo depois que você saiu. Ele te ligou?
- Não! – Respondeu Monica ainda séria e com a atenção ao que fazia.
- Vocês terminaram?
- Sim!
- Há muito tempo?
- Para ser precisa... Cinco anos. Mas nunca deixamos de nos ver até oito, três meses atrás.
- Você tem outra pessoa, não tem? – Perguntou a ruiva com a voz baixa e triste.

Monica joga o carro bruscamente no acostamento, e puxando o freio de mão impacientemente.

- O que você quer Dana? – Perguntou a morena 100% alterada. – Se quer saber, eu tenho alguém. Alguém que mesmo não se dando por completo, ainda assim gosta de mim, e me dá valor. Eu tenho alguém, e estou satisfeita!!!Scully a olha friamente, fazendo seu tradicional olhar crítico. Apoiou o cotovelo direito sobre a janela do carro e o queixo sobre a mão. Escolheu um ponto e olhou fixamente por alguns longos segundos.
- É a curadora do museu, de Los Angeles, não é? – Disse virando-se para morena.

Monica ficou surpresa, mas não deixou-se mostrar.

- Não sei do que você esta falando.
- Sabe sim!
- Como ela se chama mesmo? – perguntou friamente.
- Não se meta mais na minha vida Dana. Que eu nunca mais farei isso com você outra vez... Sabe... Diga-me uma coisa?! Por que voltou? Por que você não continuou com Mulder? Se você não o tira de sua vida, por que o deixou?Dana se sentia engasgada. Os reais motivos de sua volta nunca poderiam ser revelados.

Não para Monica. Ela queria sair do carro e gritar o mais alto que seu pequeno pulmão suportava. Tudo estava voltando. Os anos escondidos com Mulder, o trabalho no hospital, o garotinho, o padre... E, o NEVER GIVE UP.

- Você queria vida nova Dana. Foi isso que você me disse quando me pediu ajuda para voltar aos Estados Unidos e ao FBI – Continuou ela. – Você me disse que queria paz. Mas você se dá paz? Você não da espaço nem para sua dor ou seu amor ser curado. Eu tenho a minha vida. Com ou sem você por perto. Eu já havia aprendido a viver sem você por perto uma vez. Posso aprender duas.

Scully que permanecia com seu olhar fixo no horizonte se virou e perguntou:
- O que quer dizer com isso?
- Que eu não preciso de sua opinião como pessoa ou como agente pra ser alguém completa e competente. - Mentiu secamente. -... Vamos acabar com isso aqui. Nós temos trabalho a fazer.

A ruiva não respondeu e o restante da viagem foi concluído em silêncio.


***

SEDE DO DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA – WASHINGTON D.C - 11: 35 A.M


- Por favor, eu gostaria de falar com Patrick Swagar? – Pediu a loirinha em pé na portaria de recursos humanos do departamento de justiça.
- Quem gostaria? – Perguntou a secretária, exageradamente magra, excesso de cabelos grisalhos e óculos fundo de garrafa.

 Sophia mostrou seu distintivo e disse: - F.B.I, Agente especial Sophia Winllous.

- Oh sim! Ele a está esperando. - A secretária acompanhou-a.

Abriu a porta e ela entrou.

Um homem estava sentado a uma mesa cheia de papeis. O lugar fedia a charuto velho, e vinho barato. Achou estranho um lugar como esse pertencer ao governo. O homem a olhou de cima a baixo. Comendo-a com os olhos. Mas não era para menos. Ela era uma linda loirinha, de estatura media e de lindos olhos verdes. Os cabelos eram na altura dos ombros em um corte moderno, com uma franja que lhe dava charme. Tinha um corpo escultural, graças a anos de treinamentos intensivos na academia do FBI. Ela estava vestindo uma camisa branca, calça preta de linho e um sobretudo de couro bege. Ela olhou o homem com desprezo. Um velho asqueroso que fedia a loção barata.

- Sou a agente especial Sophia Winllous. – Mostrou-lhe o distintivo. – O senhor disse-me ao telefone que poderia me ajudar. Pois aqui estou. – Falou calma e direta.
- Sente-se querida, vamos conversar. – Falou ele com um sorriso malicioso.
- Estou toda ouvidos.
- Eu não sabia que o FBI tinha agentes tão lindas. O governo me surpreende. - Disse ele acendendo seu charuto.
- Senhor eu não tenho tempo para ouvir suas cantadas baratas. Eu tenho uma cidade toda em guerra biológica. Tem pessoas suas que sabem o que está havendo lá. Eu preciso de informações. – Falava ela mantendo seu olhar fixo no do homem. - Eu sei que estão ocultando informações para o FBI e isso não é algo que me agrada. Eu suponho que o senhor possa me ajudar. Eu não preciso de muito. Só dos nomes. – Ela ainda mantinha seu olhar no dele.

Ele soltou a fumaça sem muito cuidado, sorriu e disse: - Não tenho mesmo nada mais do que um nome. Verônica Zscheck. Ela esteve em Maryland sobre meus serviços. Depois me entregou seu relatório e já está em outro caso. Não tem nenhum de nossos funcionários em pé de guerra com o FBI, isso eu garanto. – Apaga o charuto recém acendido – À propósito. Eu não garanto que arrancará nenhuma informação dela. Ela é osso duro de roer. – Sorri sarcástico, aquele mesmo sorriso que deu quando viu Sophia entrar em sua sala.

- Onde eu a encontro?
- Elevador à direita, 12º andar, sala 6.
- Obrigada! – Disse ela se retirando da sala sem olhar par trás.Pegou seu celular ligou instantaneamente para sua amiga. A morena estacionava seu carro em frente ao hospital municipal de Baltimore quando seu celular tocou.
- Monica Reyes. – Ouviu a loirinha do outro lado da linha.
- Monica sou eu! Winllous.
- Oi Sophia. Alguma novidade?
- O chefe do departamento da promotoria me deu um nome.
- Espera aí? O que a promotoria esta fazendo aqui? – Perguntou  Monica estanhando o caso.
- Eu não faço a mínima idéia. Não falei com a mulher que ele me informou ainda.
- Quem é ela?
- Segundo ele, era a investigadora do caso ante de ser passado para o FBI.
- Isso não é bom! A quem eles querem acusar? Promotoria?  Olha... Se há um motivo para promotoria estar aqui, eu irei descobrir. – Scully a olhava curiosa. Como é o nome dela?
- Verônica Zscheck.
- Verônica Zscheck? Nunca ouvi falar! Scully? – perguntou para ruiva. Esta balançou a cabeça negando
.  Acabamos de chegar a Maryland. Estamos entrando no hospital.
- Ok! Ligo quando sair daqui.
- Ok!Sophia bateu de leve na porta.
- Pode entrar! – Ouviu a voz dizer.

Entrou e não avistou ninguém.

- O que deseja? – A voz perguntou.
- Eu procuro Verônica Zscheck. – Falou ela procurando de onde a voz vinha.
- Eu sou Verônica! - disse uma mulher morena, alta, cabelos cor da noite e de estonteantes olhos azuis.

“Que coisa linda Jesus”.

Sophia ficou apreciando a beleza da mulher até ter suporte emocional para proferir alguma palavra.

- Agente Especial Sophia Winllous. – Mostrou seu distintivo
- No que posso ajudá-la agente Winllous?
- Estou aqui à procura de informações sobre o caso Maryland.
- Direta você hein? – Perguntou a mulher mais alta.
- Instintivamente dizendo, gosto das coisas com precisão. Disseram que poderia ajudar-me. – Ela olhava fixamente a morena, perfeitamente vestida em um terninho vinho, com uma blusa gola rolê branca.
- Estive investigando o caso por alguns dias a pedido do departamento de saúde. Mas entreguei meu relatório ontem pela manhã. Como eu disse, investiguei nos primeiros nove dias. Mas quando saiu de controle, a agencia de proteção ambiental entregou o caso nas mãos do FBI. Sinto muito não poder ajudá-la “precisamente”. – Disse dando ênfase à última palavra.
- O que descobriu? – Sophia adotou uma postura profissional.
- Eu estive no centro de tratamento de água de Maryland colhendo algumas amostras. Queria examiná-las eu mesma. Não confio na postura do governo quanto a casos biológicos, ou que envolva a saúde da população urbana.
- Somos duas então. – Falou Sophia. – E o que deram os testes?
- Como eu ia dizendo... Eu não tinha autorização para a recolha de amostra de água. Fui durante a noite. Fui atacada por três homens. Mas consegui fugir. Quatro horas depois um desses homens foi encontrado morto. Com queimaduras de segundo e terceiro grau emergindo as margens do rio Potomac.
- Quando foi isso? – Perguntou Sophia interessadamente.
- Há dois dias! – Respondeu ela.
- E as amostras?
- Sem amostras. No dia seguinte pela manhã, fui retirada do caso. Eu sugiro se estiver sozinha nisso que não vá em frente. Pode ser perigoso. O governo não tem piedade nem dos seus.
- Não estou. Tenho duas parceiras. – Verônica arqueia uma sobrancelha. -“Oh sim! São elas, perfeito”!
- ...E pelo que pude entender, elas já enfrentaram algo do tipo, no mesmo lugar. Não sei bem o que é. – Falou Sophia pensativa.
- Você é nova?
- Sim! Cheguei a Washington hoje pela manhã.
- Bem vinda a D.C!
- Obrigada. – Sorri
- Bem.. – Verônica olha seu relógio de pulso. – Eu estou no meu horário de almoço.
- Hooo!! Perdoe-me. - Pediu Sophia envergonhada.
- Me acompanharia em um café, um suco, uma cerveja ou até mesmo ao almoço agente Winllous? Podemos conversar mais sobre o caso.
- Acho uma boa idéia. Ainda não comi nada hoje. – Sorri.


***

HOSPITAL MUNICIPAL – MARYLAND 12: 48. A.M


- O que ela descobriu? – Perguntou Scully à agente Reyes.
- A promotoria está no caso. Não sei onde ou por que.
- Quem é Verônica zscheck? – Perguntou a ruiva caminhando para recepção do hospital.
- Era a investigadora do caso antes de ser entregue ao FBI.
- O que tem a promotoria? Com um caso desse tipo?
- Também não sei! O chefe da promotoria passou esse nome à agente Winllous.
- Não me parece coisa boa. – Falou ela mais para si do que para Reyes.Os corredores estavam vazios e elas perceberam isso logo.
- Percebeu isso? – Perguntou Reyes.
- Sim! Isso está muito parado.

Um rapaz de aproximadamente 22 anos vestindo um uniforme hospitalar verde, aparece empurrando uma cadeira de rodas, com um menino extremamente pálido e com aparência vegetativa. Atrás dele vinha um outro que não parecia muito mais velho, nos mesmos trajes, lendo uma prancheta.

- Por favor, onde posso encontrar o medico responsável por essa unidade?

O rapaz que está empurrando a cadeira para e olha para o que está atrás. Ele as olha com a fisionomia assustada, empurra a cadeira contra as duas agentes e ambos saem correndo.
Scully em um milésimo de segundo saca sua arma do cós da calça e dá voz de prisão.

- Agente federal!!! Parem agora, onde estão, se não eu atiro! – Ambos os rapazes param. – Mãos na cabeça! Deitados no chão! – Vira-se para morena que esta algemando ambos. - Agente Reyes, tente entrar em contato com o xerife. Eu vou ficar de olho neles.Em menos de cinco minutos a agente mais alta estava de volta com o xerife e com mais alguns policiais.

Depois de algumas horas de interrogatórios, o máximo que conseguiram foi; que um dos rapazes dissesse que foram pagos para tirar o menino do hospital e deixá-lo perto do centro de tratamento de água.Scully estava sentada frente a um dos rapazes. Enquanto Reyes os observava em pé ao canto da sala.

- Quem os mandou? – Perguntou a Ruiva.
- Olha dona... Quantas vezes eu vou ter que falar pra senhora que eu não sei. A única coisa que sei, é que ele tinha um sotaque engraçado e estava em um carro preto. Eu não sei de mais nada.
- Não sabe ou não quer falar? – Ela começava a perder a paciência.
- Calma Dana, eles não falarão mais nada. Nós já estamos aqui há bastante tempo. – Disse a morena carinhosamente depositando suas mãos nos ombros da ruiva. - É melhor nós irmos ver o garoto.
- É isso aí tia. Faz o que sua namorada está falando. E me deixa ir pra casa.
- Eu deveria mandar prendê-lo por desacato à autoridade. – Veio a morena em sua defesa, apesar de ter gostado do que ouviu.

Scully levantou-se brutamente e saiu da sala sem esperar por Reyes. Esta a olhou por um segundo, depois a seguiu.



WASHINGTON D.C. – 02:18 PM.



- Isso tudo que me contou é muito sério. Eu entrarei em contato com minhas parceiras imediatamente. Se descobrir algo mais, poderia entrar em contato comigo? – Disse a loirinha sem conseguir desviar seu olhar de um par de olhos deslumbrantemente azuis.
Verônica lhe sorri.
- Será um prazer ajudá-la Sophia. Aqui estão os números nos quais você me encontrará. – Fez uma pausa. – Olha, sei que é nova aqui, e digamos que eu também não tenho muitos amigos. Para falar a verdade nenhum... – Sorriu tristemente. – Quando quiser conhecer a cidade. Ligue-me.

O sorriso que Verônica recebeu em troca foi o brilho que ela não via em sua vida a mais de dez anos.

- Será o maior prazer! - Disse a loirinha radiante. – Agora eu preciso ir. Foi um prazer conhecê-la Verônica.
- Igualmente.
- Bye!
- See you!

“Se aquilo foi um convite pra sair, eu estou no céu”.

Sophia estava nas nuvens e nem ouvia seu celular tocar insistentemente.Pegou o aparelho sem jeito e falou com a voz ofegante, depois de ter lutado para não dei-lo cair.

- W... Win... Winllous!
- Sou eu, Reyes!
- Oi Monica! O que descobriu?
- Não muito! Apenas alguém que mandou seqüestrar um garoto do hospital. A agente Scully está o examinando nesse momento. E você?
- Bem... Nada muito bom. – Disse ela com a voz firme. - Não foi difícil encontrar Verônica Zscheck. Difícil foi acreditar em tudo que parece está acontecendo. Monica... – abaixou a voz quase em sussurro. - Tem gente tentando obstruir o trabalho do departamento de justiça. Não são eles que querem afundar o FBI. Sim estão ocultando informações importantes para o FBI... Eu não posso falar agora. Não é seguro.
- Como assim? O que esta havendo Sophy? – Perguntou Monica chocada.
- Eu que pergunto o que está havendo. Sou nova aqui esqueceu? Precisa me contar o que sabe. – Pediu ela gentilmente. - Estou indo para Maryland. Chego aí em 2 horas.
- Tudo bem! Tome cuidado!
- Tomarei.A loira alugou um carro e seguiu para Maryland. Em exatas duas horas ela estava entrando no laboratório do hospital.Scully estava em frente a um computador com a fisionomia séria.
- Agente Scully? – Falou Sophia a porta.
- Entre! - Entrou e parou ao lado da agente mais baixa.
- E o garoto? – Perguntou ela indo direto ao assunto.
- Amquel!
- O nome dele? – Perguntou ela fazendo cara de reprovação.
- Não! Ele se chama Gustave Lopes. Eu encontrei uma grande quantidade de Amquel no sangue dele.
- Como? Isso é um antioxidante. Pode matá-lo.
- Eu sei! O que eu não sei é como isso foi parar lá, e como ele ainda está vivo. Apesar de não ter nada errado com ele, fora o excesso de amquel, ele é um vegetal. Os exames deram todos normais. Sangue, urina, fezes, eletro, tomografia. Ele não tem nada. – Mantinha ela sua calma profissional.
- E é um vegetal? – Essa estória não estava bem cotada; pensava Sophia.
- Não me pergunte por quê!
- E os pais do garoto?
- Ele é filho de dois ex-funcionários do CTAMA. O Centro de tratamento de água de Maryland. A mãe desapareceu há um mês. E o pai foi encontrado morto há dois dias com queimaduras não explicáveis.
- No rio Potomac? – Perguntou Sophia com certa curiosidade.
Scully a olhou com a fisionomia questionável.
- Digamos que eu tenho facilidade em agradar as pessoas. E com a servidora do departamento de justiça não foi diferente. Viu o corpo?
- Não. Mas li o relatório preliminar do legista. – Disse ele desgostosa.
- Preliminar?
- Achei isso suspeito
- Onde está o legista?
- No necrotério... Dentro de uma gaveta.
- Ele está morto? – Perguntou a loira assustada. “Isso aqui esta melhor que o caso Lacter”
- Está! E ninguém sabe como.
- Estamos sem legista então! – A loira parecia sem esperanças.
- Não por muito tempo. Eu vou pedir autorização a Skinner para fazer essas autópsias.
- Não sabia que era legista. – se sentou em uma cadeira do lado da porta. – Onde está Monica? – Perguntou, mudando de assunto.
- Foi ao CTAMA. Colher alguns materiais para levar a Quântico pra analises;
- Como???? – Sophia levantou-se bruscamente. – Eu tenho que ir atrás dela. Ela não podia ter ido até lá sozinha.

Quando se virou para sair da sala, chocou-se com a morena que estava entrando.

- Que pressa é essa?
- Ai Monica! Graça aos deuses, você esta bem!- Respirava ofegante, graças ao susto.
- Você não ia recolher as amostras para levar para Quântico? O que ainda faz aqui? – Perguntou a ruiva colocando suas mãos dentro do jaleco branco.

A morena deu-lhe um olhar descrente.

- Os militares que estão mantendo a quarentena do lugar não me deixaram nem ler o nome no letreiro do CTAMA. Ainda mais entrar para colher amostras... Jamais! Sem mandado não dá!
- Eu posso conseguir um, mas antes vocês têm que me ouvir. – A loira estava com um semblante fechado e exalando preocupação.

Scully e Reyes olharam-na a espera do que havia para ser ouvido.

- Olha... Eu não faço a mínima idéia do que esta acontecendo nesse lugar. Ou o que aconteceu com vocês no passado. Como eu disse à Monica, não foi difícil encontrar a tal Verônica Zscheck. Ela me contou que o departamento de saúde passou o caso para ela há quase duas semanas atrás. Ela não pode descobrir muito. Assim como você Monica, ela não pode recolher material para análise. Ela disse que invadiu o lugar pela noite e foi atacada por três homens. Mas conseguiu fugir. Só que quatro horas depois um deles foi encontrado morto no rio Potomac. Que vem a ser o pai do garoto. Duas horas depois ela foi retirada do caso. Então mandou os arquivos para o escritório do diretor Skinner. Por ter ligação com o FBI em algo que não quis me contar, ela disse que foi fácil entrar nas dependências do local. Ela me contou que ouviu varias conversas estranhas que confirmava que o governo sabe a causa do que está havendo. O departamento de saúde está por dentro disso. Os testes realizados na água da cidade, foram todos feitos pelo FDA, a Agencia de proteção ambiental, em um navio que está ancorado na costa de Miami. Eles fizeram apenas um teste. Por isso a promotoria estava no caso, para tentar retirar algo do FDA. O departamento de saúde proibiu o departamento de justiça de se meter no caso. Disse que não era da jurisdição deles. Que o CTAMA não era suspeito de nada, por que não foi encontrado nada na água. Então... Ela teve que sair daqui. Mesmo não estando satisfeita. Ela pediu para que tomemos muito cuidado. Que isso pode ser pior do que pensamos.Tanto Monica, quanto Scully já tinham entendido a mensagem.
- Bom! Eu volto a Washington para conseguir a autorização para autopsiar os corpos do pai do garoto e o do legista. Winllous, você e Reyes vão atrás do mandado. – Disse a ruiva retirando seu jaleco.- Tudo bem! – Confirmou a loira.
- Scully, eu consegui os arquivos com os nomes das mulheres que sofreram os abortos, e os resultados dos testes que fizeram nos fetos. Também estão aqui as fichas médicas das crianças que sofreram queimaduras e das que nasceram com algum tipo de deficiência. – Disse a morena entregando lhe alguns arquivos.
- Obrigada Monica, Eu irei olhá-los o mais breve possível.
 - Como voltará a Washington? – Perguntou Sophia.
- Vou alugar um carro. – Respondeu a ruiva.
- Use o meu. – Disse Monica entregando-lhe as chaves. - Eu volto com Sophia.
- Obrigada! Vemos-nos em breve. E tomem cuidado. -  Scully fintou amorena demoradamente e depois sorriu para Sophia deixando a sala.
- Como vai conseguir o mandado?
- O juiz da cidade é meu tio.
- Sorte a nossa!Sophia pegou seu celular e discou um número que estava em um papel.

A morena a observava curiosa.

- Olá Verônica! Sou eu Sophia... Sim, estou bem, Eu preciso de um favor... – Sorri. – Preciso que você me consiga o endereço de Tom Winllous... Sim é meu tio, ele é o juiz da cidade... – Sophia tampou o telefone com a mão e olhou pra Monica. – Ela está procurando. - Continuaram caminhando.
- Como está a segurança do garoto? – A loira perguntou.
- Scully já resolveu isso. – Respondeu Reyes.
- ... Espera deixe me anotar... Pode falar... Ok... Obrigada... – Sorriso. – Tudo bem, aviso sim... Hô!! Claro!!! Eu não me esqueci. – Sorriso. - Obrigada Verônica. – Desligou o aparelho e o colocou no bolso do sobretudo, acompanhado de mais um lindo sorriso.
- Pode ir contando tudo, o que está rolando? – Perguntou a morena entrando no carro com a cara de sapeca.
- Nada! Ela apenas foi muito educada comigo... É muito simpática. – A loira respondeu dando partida no carro.
- Sei! E esse sorrisinho safado que eu conheço bem não me diz nada? Ta certo! Eu acredito. – Provocava a morena.
- Cai na real Moni! Estou trabalhando! – A loira parecia séria.
- Até parece que isso te importa! Eu sei sobre Starling. Ruivas!!! Hummm!!! – Suspirou a morena.
- O que quer dizer com Ruivas e Hummm!!!??? – Imitou o suspiro da amiga.
- Nada! – Monica ficou séria. – Onde o juiz mora?
- Na casa dele! – Brincou a loira tentando não rir.
- Eu estou falando sério Sophy.
- Eu também, ele mora no centro de Baltimore. Não fica longe daqui.
- Então pisa nesse pedal aí loira. – Sorri!


***

SEDE DO FBI WASHINGTON D.C 05:45 PM.


- Eu sinto muito agente Scully, eu não posso autorizar isso sem o departamento de justiça liberar. Os corpos foram recolhidos por eles. Não tenho nada a ver com isso.

Aquela investigadora que Winllous falou, peça a ela. Quem sabe ela pode ajudar. – Falava o Diretor assistente a uma Scully furiosa.

- O Senhor pediu que nós ajudássemos com essa investigação, depois não me libera uma autopsia. Isso é demais pra mim. – A ruiva estava furiosa. – Eu estava feliz investigando casos violentos. Não precisava ter voltado a investigar um velho arquivo-x. Ainda por cima um dos que mais mexeu comigo. – Dizia a ruiva tentando manter a calma.
- Por favor, agente Scully, se controle e vá atrás dessa investigadora do departamento de justiça. – O diretor estava calmo como sempre.

A agente deu as costas para ele sem mais nenhuma palavra e saiu da sala.
Pegou o celular ainda soltando fogo pelos olhos.

- Winllous?! Scully! Preciso do número da investigadora do departamento de justiça.
- Algum problema agente Scully? – Perguntou a loira vendo a cara de preocupação da agente morena ao seu lado.
- Não liberam a autópsia. Os corpos ainda estão sobre a jurisdição do departamento de justiça. Verei se ela poderá ajudar-me. Não sei como faremos. – A calma natural da agente tinha voltado.
- A agente Reyes disse-me que não há material para uma autópsia no hospital de Baltimore.
- É verdade, parece que alguém não queria que aqueles corpos fossem autopsiados.
- E onde pretende fazê-las? Quântico? – Perguntou a loira colocando o telefone no viva voz e depois no suporte do carro.
- Isso! Tentarei contato com a tal Verônica e depois entro em contato com vocês se conseguir.
- Estamos indo falar com o juiz para conseguir o mandado.
- Qualquer coisa avise-me. – Pediu a ruiva.
- Ok! O número de Verônica é 555-6446.
- Obrigada agente Winllous. – Desligou o aparelho.- Que cara é essa Monica? – Perguntou a agente loira.
- Nada! Só estou pensado nas possibilidades. Não sei como isso tudo acabará. – Diz ela pensativa.Chegaram à casa do juiz e Sophia foi recebida pela tia que ficou extremamente feliz com a visita da sobrinha.
- Tia, eu preciso falar com o meu tio! Será que tem como?
- Algo do trabalho? – Perguntou a senhora já de idade avançada.
- Sim, é sobre o trabalho. – Sorriu ela.
- Ok, não as atrasarei, irei chamá-lo.

Alguns minutos depois um homem muito branco, também de idade já avançada e bem calvo, entra na sala.

- Filha! Que bom vê-la por aqui! Sua tia disse-me que tinha algo sobre o trabalho para tratar comigo. – Disse ele abraçando a sobrinha.
- Tio essa é a agente Monica Reyes, uma de minhas novas parceiras.
- Muito prazer agente Reyes. – Estendeu lhe a mão.
- O prazer é meu! – Disse ela dando um de seus magníficos sorrisos.
- Em que posso ajudá-las? – Perguntou ele indicado o acento às mulheres.
- Tio, eu vou direto ao assunto... – Fez uma pausa, se sentou e olhou profundamente nos olhos iguais aos seus. – Estou no caso que está investigando a água aqui em Maryland. Nós precisamos de um mandado para recolher amostras de água para análises. – Disse ela firmemente
- Sophy... Eu não sei como dizer isso, mas eu não posso. Não estou autorizando. – Sua voz saia triste.
- Como assim não pode? Tio você é o juiz da cidade. – Ela estava indignada com o que ouvira.
- Acalme-se filha, eu tenho superiores e se eu te autorizar a isso, serei punido.
- Tio, você jurou defender a justiça desse país. Você é a ordem ou determinação imperativa, quando dá uma ordem falada ou escrita, tem que ser seguida. Esse mandado é importante para nós. Pois ele tem a autoridade judicial e administrativa que precisamos para investigar esse caso, e ninguém poderá o corromper. Você sabe que tudo que está acontecendo aqui nessa cidade é muito estranho e se o senhor não pode me dar esse mandado tem um motivo. E esse motivo é que ele tem uma à carga muito grande, que decidirá a realidade dessa cidade. Ele é a garantia constitucional para proteger o direito dos cidadãos a favor da água, contra ilegalidade ou abuso de poder, seja lá qual for à autoridade ou endivido que os pratique ou nos empeça de descobrir. – Dizia ela seriamente quase engolindo o tio.
- Vejo que fez sua lição de casa Sophia, mas não é tão simples assim. Eu preciso de autorização para emanar algo referente a um caso que está nas mãos do departamento de justiça. – Ele estava nervoso, mais tentava manter a calma.
- Não está mais nas mãos do departamento de justiça senhor. – Disse Reyes com a fisionomia fechada. – O FBI está com o caso agora. Se tentarmos conseguir o mandado direto de Washington irá demorar muito tempo.
- Tio, o departamento de justiça não conseguiu nada que eu sei, estive conversado com a investigadora do caso e ela me garantiu que ninguém de lá de dentro nem da justiça local móvel algo para facilitar a sua investigação. – Disse a loira.
- Eu verei o que posso fazer e entro em contato com você. Os militares estão fazendo a guarda da cidade, e quem sou eu para ir contra as leis militares?  Não garanto que irei conseguir, mas farei o que puder. – Falou o homem se levantando
- Obrigada! Estaremos aguardando. – Disse Sophia despedindo-se do tio.


***

SEDE  DO FBI WASHINGTON D.C 08:55 PM


- Obrigada Zscheck, Foi de grande ajuda, ficarei esperando.
- Eu lamento agente Scully, também quero que esse caso se resolva o mais rápido possível. A agente Winllous parece-me uma pessoa boa, e está muito confusa. No mais... Conheço seu trabalho, e o da agente Reyes e sei o quanto são competentes. Assim que meu superior chegar de suas férias, entrarei em contato com vocês. Enquanto isso, lamento, só posso dizer que não poderão fazer mais nada, principalmente se não conseguirem o mandado para recolher as amostras. – Dizia a morena do outro lado da linha.
- Eu entendo perfeitamente. Estarei esperando seu contato. Obrigada. Tenha um bom dia. – Disse a agente à investigadora do departamento de justiça.

Ela desligou o aparelho e voltou a discar alguns números.

- Reyes. – Atendeu a outra agente.
- Monica, sou eu. Conseguiram o mandado? – Perguntou Scully.
- Não, e você?
- Só dentro de uma semana, ela precisa da autorização de seu superior para liberar algo. E o homem está em férias.
- O juiz também pediu uma semana para conseguir o mandado. Estamos saindo da casa do juiz agora. Tem coisa aí Dana! Eu sinto.
- Eu também Monica, mais precisamos ser cautelosas. Sabemos que se for o que nós estamos prevendo, não será nada fácil. Conhecemos o governo e suas conspirações, melhor do que ninguém. Precisamos ter cuidado. Principalmente pela agente Winllous, ela não sabe de nada. –Scully falou.
- Eu sei, veremos isso no desenrolar da história.
- Ou no Enrolar. Bem, eu vou para casa, vai passar lá pra pegar seu carro?
- Vou, quando chegar passo lá.
- Ok!
Desligaram.
- Ela não conseguiu a autorização não foi? – Perguntou Sophia.
- Não! – Monica fez um careta.
- O que está havendo hein? Isso é muito estranho. Por que estão negando coisas ao FBI assim? Não estou gostando disso.
- Nem eu! – Falou a morena olhando a paisagem da estrada.

Sophia continuou a dirigir emersa em seus pensamentos.


****
WASHINGTON DC. 09:40 PM. 


Sophia voltou a seu hotel.
Tomou um demorado banho, lavou os cabelos cuidadosamente.
Enquanto sua mente vagava pelo conteúdo do dia.

- Verônica!!! – Disse ela baixinho para si, esboçando um sorriso.Saiu do banheiro secando os cabelos, quando ouviu seu celular tocar.
- Será que conseguiram algo?
- Winllous! – Disse ela atendendo ao telefone.
- Sophia? É Verônica!
- Olá Verônica, aconteceu algo? – Perguntou ela preocupada.
- Não, não, só liguei para saber como estão as coisas. Conseguiram o mandado? – Perguntou ela com a voz suave.
- Não, pediram uma semana para isso. Mas não é certeza.
- Então vocês terão tempo para pensar. Bem, é... O que vai fazer amanhã? – Perguntou a morena.
- Como eu teria uma semana de férias forçadas. Estou pensando em procurar um apartamento.
- Olha, onde eu moro há bons apartamentos. Fica em Georgentown, não é longe e é muito bom. – Zscheck falou.
- Sei onde fica, é onde mora a agente Scully. Eu quero dar uma olhada sim. Será de grande ajuda. – Sorri.
- Se quiser pode vir na parte da manhã. – Ofereceu a morena.
- E seu trabalho? – Perguntou Sophia.
- Meu trabalho pode esperar. – Respondeu a morena sorrindo.
- Sendo assim, estarei aí, eu já tenho seu endereço. Obrigada pela ajuda Verônica.
- Não precisa agradecer, estou aqui para ajudar no que for preciso. Vejo-a amanhã. Tenha uma boa noite Sophia.
- Igualmente.

Desligaram.Sophia deu um longo sorriso e respirou fundo.

- Eu estou apaixonada! – Disse para si, com o olhar fixo em um ponto morto. - Mas eu nem acredito em amor à primeira vista... Mas eu quero essa mulher!

Verônica ficou com um sorriso estampado nos perfeitos lábios por um tempo. Quando deu por si, viu que estava feliz em ter conhecido a pequena agente. Há muitos, mais muitos anos não sentia nada do gênero. Nunca mais soube o que era sorrir, sofrer, fraquejar, chorar ou amar. Isso era bom.

Uma das inúmeras habilidades dela era saber que quando alguém estava mentindo, quando era ou não alguém do “bem”. E Sophia, sem duvida, era uma pessoa doce.

A esse pensamento seu sorriso continuou nos lábios. Não via a hora de rever a agente.




*****

GEORGENTOWN MD 22:45 PM


O soar da campainha tirou Scully de seus fiéis pensamentos.

A ruiva se levantou do sofá, em uma camisola delicada de cetim na cor perola, vestiu seu hobby e foi atender a porta.

- Entre. – Disse ela à agente parada na porta.
- Atrapalho? – Perguntou Monica docemente.
- Não, estava pensando um pouco, sobre tudo isso. Sente-se, fique a vontade, quer beber algo? – Perguntou a ruiva.
- Não obrigada. Ainda não jantei, só vim pegar meu carro. – Respondeu ela se encostando ao apoio do sofá.
- Parece cansada! – Scully disse.
- E estou. Não tenho dormido bem, já faz algum tempo.
- Se quiser pode ficar aqui. Sei como é ruim ficar só às vezes. – Disse a ruiva sentando-se junto a Monica no sofá.

Monica estranhou algo do tipo vindo assim, do nada, diretamente da boca de Dana Scully?

Deu uma olhada interrogativa à mulher a sua frente. Dana como se entendesse sorriu e respondeu: - Também tenho sentimentos, agente Reyes.

- Eu não disse nada! – Monica falou levantados os braços em “ Sou inocente”.
- Mas pensou! – Scully disse arqueando a sobrancelha direita.
- É Dana, você não deixa passar nada mesmo.
- Quer ver um filme? – Perguntou a mulher menor para surpresa da morena.

Monica esboçou um de seus magníficos e iluminados sorrisos.

- Adoraria, mas só se tiver pizza.
- Fechado! Vá tomar um banho, tente achar alguma roupa minha que lhe caiba. O que eu duvido que haja, mas tente. Têm alguns moletons nas gavetas de baixo.
- Tudo bem.
- Ah! Têm tolhas no armário do banheiro.
- Obrigada! – Disse Monica se levantando. Ela caminhou para dento do quarto de sua colega.

Tudo lá tinha o cheiro suave que ela exalava. Fechou os olhos por um minuto e se permitiu apreciar o momento.

Como sentira falta desse cheiro. Foram seis anos de sofrimento, e angustia, sem notícias, e amando alguém que não sabia se estava ou não viva.

Não sabia mais o que fazer para esquecê-la. Se nem seis anos de afastamento, sabendo que ela estava no braço do homem que amava lhe permitiu arrancá-la do coração. O que faria agora?

Se a cada dia parecia que estavam mais próximas. Sentiu remorso por ter gritado com ela pela manhã. Iria pedir desculpa. Entrou no banheiro e observou o lugar.

Tudo era organizado e clássico assim como Dana.

Despiu-se e entrou no chuveiro, deixou que a água massageasse seu corpo cuidadosamente. Sua cabeça não parava de rodar.

Não sabia se era por medo de estar tão próxima à mulher que amava, ou por saber que o coração dela nunca  seu. Sempre foi e sempre seria de Fox Mulder.

Desligou o chuveiro, se secou e foi até o armário de roupas. O abriu e olhou as peças exageradamente organizadas.

“Típico de Dana!” – Pensou ela.

Escolheu uma calça de moletom que caiu certinho em suas perfeitas curvas. E uma camiseta do FBI.
Secou os cabelos e saiu. Scully estava recebendo a Pizza.

- Já? – Perguntou ela à ruiva.
- Eu sou pratica!
- Eu estou vendo!
- O que quer ver? – Perguntou Scully colocando a pizza sobre a mesa e indo em direção à cozinha.
- Qualquer coisa, Podemos ver se está passando algo na TV. – Sugeriu a Morena,
- Então vai dando uma olhada na programação. – Falou ela voltando com uma garrafa de vinho e dois copos. – Achou algo?
- Opção um: Alien X Predador. Opção dois: ET. Opção três: Invasão. Opção quatro: Sinais. – Scully olhava com cara pasma. Opção cinco: Meu amigo marciano. Opção seis: Abdução. Opção sete...
- Chega!!! – Disse a ruiva se levantado.
- Opção sete: - Continuou a morena ignorando sua colega. – Ilha.
- Esse último...É de Aliens, abduções, Evasões alienígenas, conspirações de outro planeta ou coisas do tipo? – Perguntou a ruiva indignada.
- Não!!! – Respondeu Monica sorrindo.
- Ok! Vai esse! – Falou Scully voltando a se sentar.

A pizza estava excelente, o vinho foi consumido entre conversas e lembranças.

O filme foi esquecido.

- Eu ri muito depois que tudo passou... Saímos de lá imundos. Mas as baratas alienígenas morreram. – Dizia Scully sorrindo. – Isso eu tenho certeza.
- Me conta a historia do cinema. – Pediu a morena bebendo mais um dos copos de suas quatro garrafas.
- Bom, queriam fazer um filme sobre os arquivos-x, colocaram Tea Leoni para me interpretar. No final, eu e Mulder estamos em um caixão, é eu acho que é isso mesmo. – Dizia ela tentando se lembrar. – E Mulder vira para mim e diz que me ama. E Eu digo que amo Skinner. Os dois ficaram indignados. E eu, gastei o dinheiro que pagaram para nós. – Ela sorria exageradamente, como a morena nunca havia visto. Monica não conseguia tirar os olhos dela.
- Você devia sorrir mais, Dana. Você tem um sorriso lindo. – Ela não pode segurar o elogio.
- Não tenho motivos para sorrir.Você sabe. – Ela ficou séria de repente, como era costume da “Dama de Ferro”.
- Não acho que isso a impeça de sorrir. – Monica argumentou.
- Monica eu perdi as coisas que mais amava na vida. Perdi minha irmã, meu pai, dois filhos, Emily e Willian e M... – Interrompeu a frase.
- E Mulder... Diz Dana. – Monica falou já furiosa. – Diz que sente falta, e se arrepende de ter o deixado. Se sente por tê-lo perdido... Por que você o deixou? – Em seus olhos a raiva estava transparente.
- Você não entenderia! – Falou ela em tom brando.
- Não entenderia!... Sabe o que eu não entendo? Eu não entendo por que voltou. Por que eu? Por que não John, Skinner? Teve que ser logo eu? – Disse se levantado e olhando fixamente à ruiva a sua frente.
- Eu não entendo essa sua raiva Monica? Por que isso lhe irrita tanto? Por que esse ódio de Mulder. Por que minha presença lhe perturba tanto? – Perguntava a ruiva também se levantado. Seu tom de voz era calmo e sutil como sempre.

Monica deu as costas a ela e respirou fundo.

- Você não entenderia!
- Está jogando comigo? É isso? Você sente tanto ódio assim por mim? – Perguntou ela puxando o braço de Monica, para que esta a olhasse.
- Quem está jogando sou eu comigo mesma, Dana, Há oito anos. Desde o dia em que eu te vi pela primeira vez. – Dizia Monica em uma calma que ela não tinha.
- Não sei o que quer dizer. – Respondeu a ruiva com uma interrogação no olhar.

“É agora ou nunca Monica, força!!! Diz logo a ela.” – Reyes falava para si.

Ela respirou fundo, fechou os olhos e fintou um par de olhos azuis esverdeados a sua frente.

- O que quero dizer, Dana, é que eu te amo. Há oito anos. Que vê-la indo embora com Mulder acabou comigo. Que tê-la por perto, me massacra. Que nem seis anos sem saber de você me fez te esquecer. Eu infelizmente não lembro de uma época que não te amei. Meu coração está corrompido com seu nome. Que não sei se viveria mais um dia se quer sem ver seus olhos, e sentir sua presença. É isso!!! Amor. É isso que eu sinto. – Ela terminou sua narrativa quase em choque.

Scully a olhava perplexa.

Não sabia como agir em uma hora dessas.

- Monica, eu não sei o que dizer. – Disse Dana firmemente.
- Eu esperava isso de você! Passar bem agente Scully. – Monica falou tristemente pegando as chaves de seu carro que estava em cima da mesa e saiu batendo a porta.
Scully ainda estava no mesmo lugar.

“Isso não pode ser possível.” – Pensava ela.

- Meu Deus, se ela tivesse me dito isso antes. Tudo teria sido diferente, eu a tratei tão mau. Não sei como concertar as coisas agora. – Dizia ela tristemente para os céus.Monica, apesar do excesso de álcool no sangue, ignorou as leis e pegou o caminho de casa.

Se segurava para não chorar. Parou em um posto de gasolina e comprou uma carteira de Morley. Há anos não fumava mais, mas estava precisando de um agora. Olhou a carteira a seu lado e acendeu um cigarro. As lagrimas já estavam formadas em seus olhos. E nada pode fazer para evitá-las. Entregou-se ao choro como várias vezes já havia feito, pela mesma pessoa, pela mesma mulher.


*****

Sophia se levantou cedo, vestiu um jeans escuro que valorizava suas curvas, uma regata branca e um casaco de couro marrom.

Em poucos minutos já estava à porta de Verônica Zscheck tocando a campainha.

Ouviu a voz dela pedindo um minuto. Estava nervosa, sabia que a morena lhe causava arrepios. Verônica abriu a porta com um maravilhoso sorriso nos perfeitos lábios. Os cabelos estavam presos e ela enrolada em um roupão.

- Olá Sophia, entre, por favor, só irei terminar de me arrumar e nós iremos. – Ela falou suavemente.
- Tudo bem, eu espero. – Sophia respondeu sem tirar os olhos da morena.
- Fique a vontade. – Disse Verônica se retirando e indo em direção ao quarto.

Sophia observou o apartamento. Era bem rústico. Todo decorado em prata e preto. Vários objetos na cor prata e poltronas de couro negro. Mas o que mais lhe chamou atenção foi um grande quadro na parede exterior da sala com a palavra HOPE em vários tons. Cinco minutos depois Verônica estava de volta. Sophia ficou babando, ela estava linda em um jeans preto, acompanhado de uma bota de salto alto da mesma cor, uma gola rolê caqui, e um sobretudo preto.

“QUE MULHER LINDA!” – Pensou Sophia.

- Vamos? – Perguntou
- Vamos! – Sorri.
- Olha, eu vou te mostrar um apê que tem aqui no prédio, isso se você não ligar de sermos vizinhas. – Sorri.
- Claro que não, será uma honra.
- Que bom!!!Verônica mostrou vários apartamentos que já havia se informado, para loira.

Sophia acabou optando por um prédio vizinho ao da morena. E que já estava mobiliado, já que a dona estava mudando de país.

Acertaram tudo e foram almoçar em um restaurante no centro de Washington. Verônica via a loira como música suave. Era delicada, encantadora e perceptiva. Sempre centrada, mas sempre havia um sorriso nos lábios. Por Verônica ser sempre fria e séria, Sophia fazia alguma graças e piadas, quase que o tempo todo. O que arrancava da morena vários sorrisos.

- Pois bem agente Winllous, fale-me de você. – Pediu ela beliscando seu café.
- Bom, sou filha de um policial rodoviário com uma agente do FBI. Formei-me em Ciências químicas por Harvard, um ano depois segui a carreira da minha mãe que estava se aposentando. Fiquei em Quântico cinco anos, dois em New Orleans e quatro em NY. Um envolvimento entre colegas me deu uma transferência para DC.
- Hum!!!! O amava? – Perguntou a morena curiosa.
- Não exatamente nessa preposição, mas não! Não amava! Nós terminamos dois meses antes de eu ser transferida. Apesar de nosso relacionamento estar acabado a mais de um ano. – Disse ela em tom seco.
- Então por que se envolveu?
- Convivência, companhia, sexo... Sei lá... Acostumei-me à companhia e achei que daria certo... Ah sei lá. – Balbuciou ela dando de ombros.
- Hum!! Entendi. – Respondeu Verônica sem olhá-la.
- E você Verônica Zscheck... Saindo com alguém? – Foi à vez da loira demonstrar curiosidade.
- Há-há!!! Não sei o que é isso há mais de dez anos. Perdi o hábito. – Verônica falou com a voz triste.
- DEZ ANOS???? – Perguntou loira boquiaberta. – Me desculpa a pergunta, mas qual foi a última vez que fez sexo?
- Tem mais de dez anos, isso eu tenho certeza. – Falou a morena sorrindo da cara da loira.
- Ta zoando da minha cara não é? Não acredito que a mulher mais linda que eu já vi na minha vida não faz sexo a mais de dez anos. Por que isso? – Ela falava se inclinando para frente e dizendo quase em sussurro.
- Não gosto de ficar por ficar. Como nunca achei ninguém que me balançasse o coração... Ficou nisso.
- Não sente falta? – O olhar da loira era de espanto.
- De ontem pra cá, sim. – Disse ela olhando fixamente os olhos cor de esmeralda a sua frente.

Sophia não sabia se pegava ou não a indireta. Ruborizou-se até a raiz do cabelo. Verônica achou a coisa mais linda que se lembrava de ter visto. Vendo o embaraço da agente mudou o assunto.

- Quer dar uma volta no parque e tomar sorvete?
- Que coisa linda, aceito! – Respondeu ela em um magnífico sorriso.Passaram horas entre sorrisos.

Toda hora Sophia brincava com a morena, sempre dava um jeito de tocá-la, pegando em seu braço, puxando-a pela mão ou a empurrando.

Quando Verônica sentia o toque da loira seu corpo arrepiava, causando-lhe espanto.

“Será que o tratamento está fazendo efeito?” – Pensava ela.

- Eu quero meu sorvete! – Falou a loira com a cara de criança emburrada.
- Sim filhinha, a mamãe já vai comprar. – Falou a morena olhando em volta a procura de um carrinho no frio do parque.

Achou um e comprou rapidamente. Voltou e entregou-o para a agente que estava sentada em um banco com os braços mal cruzados como de uma criança, e fazendo bico.

- Está aqui meu amor. Cuidado para não se sujar. – agachando-se e entrega o sorvete a ela.
- Obrigada mamãe. – pegou o sorvete e sorriu.

Verônica em um instinto sentiu vontade de abraçá-la e enche-la de beijos. Já não se importava com o que sentia ou deixava de sentir. Queria aquela garota sempre consigo, pois ao seu lado ela sentia tudo que imaginava que seria impossível para ela.

Sophia retirou uma mecha do cabelo da morena que caia sobre o rosto e com a colherinha do sorvete colocou uma quantidade na boca da dela, que sorriu ao sentir o gesto de carinho.

- Que delícia!!! – Disse ela maliciosamente.
- O sorvete? – Perguntou a loira com atenção em seu sorvete.
- Não!... Você! – Verônica respondeu com um olhar fixo na loira, que se ruborizou imediatamente.
- Você também é! – Disse ela juntando toda coragem que ela tinha, mas que Verônica roubava com sua presença. Verônica sorri.
- Tome seu sorvete e vamos embora, está esfriando, e vai nevar daqui a pouco.

A loira começou a tremer de frio. O que fez a morena sorrir com vontade.

- Está vendo, foi dar chilique para tomar sorvete com a temperatura abaixo de zero... Agora está tremendo. Crianças!

Sophia se levantou e disse: - Vamos, eu preciso me aquecer.

- Ok minha geladinha. – Falou a morena sorrindo.

Sophia abraçou a morena inesperadamente.

- Posso ficar assim? Está frio. – Pediu ela com o olhar ficho nos olhos azuis.
- Pode sim! Principalmente depois desse olhar de cachorrinho sem dono. – Sorri.

Elas caminharam abraçadas por um longo período até o hotel de Sophia, que não ficava tão longe do parque.

Quando chegaram, uma nevasca forte caiu, obrigando a morena esperar um pouco para retornar para casa. Sophia tirou o casaco e ligou o aquecedor.

- Bem melhor! Quentinho!!! – Disse ela com a cara lerda.
- Então eu sou tão fria assim? Pensei que estava confortável em meus braços.

Sophia ficou da cor de um tomate.

- Bem, hê!! Estava ótimo, mas eu pensei que, bem... que... – Ela estava morrendo de vergonha.
- Que eu não estaria gostando? – Perguntou a morena se levantando e indo em direção a ela.
- É... Bem... É. – Sorri sem graça.
- Mas tenho algo para lhe dizer Sophia.

Sophia não acreditava nisso... Queria por tudo a morena em seus braços.

- Não menti quando disse que ninguém me interessou nos últimos dez anos. Talvez um dia você possa entender, mas hoje, apenas entenda que você não sai da minha cabeça desde o momento que a vi pela primeira vez. Não sei se você é aberta a esse tipo de envolvimento sendo que teve um caso com seu colega e bem... – Antes que ela terminasse seu relato a loira se jogou em seus braços e a beijou.

O corpo da morena reagiu imediatamente. Ela puxou a loira mais para si, a beijando freneticamente.
Suas línguas se encontrando em uma busca por satisfação. A loira enlaçou seu pescoço tentando juntar mais seus corpos. Verônica começou a deslizar as mãos pelas curvas de Sophia. Esta arrancou-lhe o sobretudo, jogando-o no chão.

- Não sabe como a desejo Verônica! – Disse a loira ofegante, enquanto Verônica lhe dava beijos sedutores no pescoço.
- Eu também a desejo Sophia, como nunca desejei alguém. Seja minha! – Pediu ela pegando o rosto da loira entre as mãos e fintando-a.
- Sim, é o que eu mais quero. Ser sua e que você seja minha. – Respondeu sem deixar de fintar os magníficos olhos azuis.

Verônica nem lembrava mais do que era. O desejo tomou-lhe todo o corpo, estava em chamas. Seu sexo latejava, seus mamilos doíam de excitação. Começou a acariciar um seio da loira por cima da blusa e morder-lhe o lóbulo da orelha. Sophia se entregava a cada caricia vinda da morena, sem nenhum sacrifício. Ela lhe causava uma excitação inimaginável. Verônica a pegou no colo levando-a para cama.
Retirou sua blusa e ficou admirando os seios perfeitos de mamilos rosados. Deslizou pelo seu corpo e retirou-lhe as botas. Desabotoou-lhe a calça e a puxou cuidadosamente junto com a calcinha. Seus olhos não saiam do corpo de perfeitas de curvas que a loira possuía. Olhava embevecida. Era a coisa mais linda que já havia visto.

- Você é linda Sophia! – Disse Verônica com os olhos semicerrados e escuros de excitação.

O olhar dela causava ondas de calor e arrepios por todo o corpo da agente.

- Dispa-se, quero vê-la nua também Verônica. – Disse a loira quase em tom de ordem!

Verônica se levantou, retirou as botas, retirou a blusa, abriu o botão do jeans e o retirou, ficando apenas com roupas intimas. Tudo isso perante o olhar fervido da loira que a fintava com fome.

- PERFEITA!!! –Sophia mordeu os lábios.

Verônica se aproximou da cama e Sophia a puxou, beijando-lhe o ventre de curvas bem definidas. Retirou-lhe a calcinha em um movimento brusco. A morena pegou em seu queixo, para que ela a olhasse, inclinou-se e a beijou com carinho. Sophia retirou-lhe o sutiã massageando os seios que já estavam rígidos de excitação. Verônica gemeu ao contato. Empurrou a loira cuidadosamente sobre a cama, e deitou sobre ela com delicadeza. Começou a sugar um seio ereto, enquanto que provocava o outro com a mão. Hora mordiscava bem devagar, hora passava a pontinha da língua, levando a outra a loucura. Sophia estava ficando casa vez mais excitada, puxou a cabeça da morena tentando aumentar o contato.

- Meu bem... mais... mais. – Pedia ela arfando de desejo.

Verônica abocanhou sem dó seus seios, fazendo-a gemer mais alto.. Começou a descer pelo corpo da agente entre beijos delicados e provocativos. Olhou nos olhos verdes que imploravam por seu toque e pediu com a voz grave de excitação:

- Abre as pernas pra mim Sophia.

Sophia quase derreteu ao ouvir tal pedido que soou exageradamente sensual. Obedeceu sem hesitar.
Verônica colocou-se entre elas, brincou com os pelos claros bem aparados. Colocou uma perna sobre seus ombros, se deleitando com a visão do sexo de Sophia, exposto, apenas para seu deleite. Abriu-o, cheirou, beijou, lambeu e mordiscou-lhe o clitóris inchado tamanho a excitação que a loira se encontrava. Sophia gemia palavras desconexas e rebolava freneticamente de encontro à boca da morena, que sorvia cada gosta de seu líquido.

- Isso Vê... hãm... hãm... isso... assim... Devagar... aaaahhh... isso... mais forte... Hummm... delícia. – pedia ela com as mãos nos cabelos da morena.

Os gemidos da loirinha a estavam deixando louca de tesão. Intensificou a pressão, passando a língua com lascívia, nos pontos mais sensíveis.  

- Baby... ahhh... Por favor... ahhh… ãhh! – Gemia Sophia com a cabeça jogada para trás e agarrada aos lençóis.

Penetrou dois dedos na cavidade totalmente úmida, Sophia gemeu alto pedindo mais. Quando sentiu que o gozo aproximava aumentou a pressão dos lábios e as estocadas. 

- Vê... mais forte... isso amor!!! Mais rápido... ahhh...  eu vou... ahhh!!!

Verônica sentiu Sophia estremecer e gozar na sua boca. O gosto dela era único, sorveu cada gota do prazer de sua amante. Subiu pelo corpo da loira que ainda respirava com dificuldade!

- Está tudo bem? – Perguntou a morena caída a seu lado.

Sophia estava vermelha, suas mãos sobre os olhos, Verônica achou uma graça.

- Humhum!... Estou ótima! Nunca estive melhor. – Sorriu tentando respirar normalmente.
- Você é sempre encantadora assim? – Perguntou a morena passando uma mexa da franja atrás da orelha.
- Não, só quando você está por perto. – Sorri. – E você? O que foi isso? Você é ótima!
- Tenho muitas habilidades. – Falou ela sorrindo, e a beijando carinhosamente em seguida.
- Eu percebi! –  a loira se colocou em cima do corpo da morena. – Mas eu também tenho as minhas. E vou mostrá-las a você. – Sussurrou ao seu ouvido.

Começou a massagear seus seios, provocando os mamilos já rijos. Deslizou as mãos sobre sua cintura, e tocando lhe o sexo encharcado. Sophia gemeu ao sentir a umidade de sua amante.

- Deuses! Como você está molhada! – Disse a loira tocando-lhe o ponto mais sensível.
- Estou? – Perguntou a morena incrédula.

Sophia achou graça da cara dela.

- Está! Muito... Do jeito que eu gosto. Sinta... – passou seus dedos nos lábios da morena.

Verônica ao sentir seu próprio gosto ficou sem palavras. Isso não era normal, seu corpo reagir de tal forma. Sorriu sem perceber, Sophia achou o sorriso o mais lindo do mundo. A beijou com fome. Ela chupava-lhe a língua com voracidade, sugando-lhe a saliva como se fosse alimento para viver. Mordia seus lábios delicadamente, enquanto bolinava seu clitóris em movimentos circulares. Verônica estava louca de tesão. Arfava descontrolada, gemia sem receios, e rebolava de encontro aos movimentos decididos de Sophia.

- Meu amor... Dentro, por favor! – Pedia ela em meio a gemidos.
- Calma meu anjo, eu quero te dar o máximo de prazer possível. – Dizia Sophia a excitando o máximo que podia.

Quando percebeu que a morena iria gozar, cessou as caricias. Verônica a olhou sem entender nada. Ela se colocou entre suas pernas, abriu seus grandes lábios e passou a ponta da língua no clitóris rijo. Verônica agarrou-lhe os cabelos puxando a mais para si.

- Isso meu amor... ahhhhh!!!... Haaaaaaa!!! Que delícia!!! Continua... assim... haaaa... isso... mais, eu quero mais. – Gemia ela como uma gata.

Sophia hora passava toda a língua, hora só à pontinha, levando a morena ao delírio. Chupava seu ponto mais sensível, enquanto brincava na abertura da cavidade trasbordando umidade. Penetrou-a devagar, e aos poucos começou movimentos de vai e vem dentro dela. Verônica rebolava desesperada, gemia como louca. Se entregava sem nenhum tipo de restrição. Sophia nunca havia visto uma mulher como ela. Ela não só entregava o corpo, como também sua alma. O orgasmo chegou como nunca Verônica tinha sentido na vida. Ela gozou gritando o nome de sua amante.

- Sophy!!!! Ahhhhhhhh!!! Ahhhhhhhhhhh!!! Sophia!!! Ahhhh!!! Hummm!!

Verônica sentou-se na cama e puxou a loira para um beijo faminto. Sophia estava admirada com aquela mulher. Verônica a abraçou forte. De repente caiu em si o que havia acontecido. Sua felicidade era tanta, que não viu as lágrimas que lhe escorreram dos olhos. Sophia sentiu uma escorrer sobre seus ombros e olhou para ela.

- Vê? Você está chorando? – Perguntou assustada.
- Hum? Chorando? – Perguntou ela passado a mão sobre os olhos.

Ao ver as lágrimas em seus olhos ela não sabia se sorria ou se chorava mais. Sophia não estava entendendo nada.

- Eu estou chorando!!! – Dizia Verônica meio a lágrimas.
- Vê?? O que está havendo? Eu não estou entendendo! – Sophia estava séria.
- Eu pensei que nunca mais faria isso. Que jamais voltaria a sentir o que me fez sentir a pouco. – Dizia ela com o olhar mais doce que Sophia já havia visto. Obrigada! Você tem me devolvido a vida, desde o momento que entrou em minha sala. – Sorri encantadoramente à loira.

Sophia lhe devolveu o sorriso.

- Sempre! – Diz beijando a testa da morena.Verônica tirou o resto da semana de folga, ela e Sophia pareciam um casal de adolescentes.

Passavam o tempo todo juntas, entre atividades culturais, sexuais, inúteis. Brincadeiras e passeios. Sophia se mudou em dois dias para seu novo apê. O que não dificultava seus encontros com a morena. Diariamente ela passava pela sede do FBI em busca de novidades. Mas nada. Em um desses dias desceu até o porão e encontrou Reyes com a cara de poucos amigos.

- Oi Moni!! Que cara é essa? – Perguntou Sophia.
- A vida minha cara. – Respondeu ela tristemente.
- Monica, você tem dormido direito? Se alimentado? Você está horrível!
- Eu estou bem Sophy! Não é nada. – Monica falou em um sorriso forçado.
- Não está não, o que está havendo Monica? Eu te conheço amiga. Vamos lá em casa, você come alguma coisa e conhece minha casa. - Monica permaneceu calada. - Me conta, o que esta acontecendo Moni! – Falou Sophia puxando uma cadeira e sentando-se ao lado da amiga.

Nesse momento elas ouviram o elevador. Reconhecendo os passos, Monica abaixou a cabeça.

- Agente Winllous, boa tarde!
- Boa tarde Agente Scully.
- Monica! Precisamos conversar. – Disse Scully parando frente à mesa que a morena estava.
- Eu vou dar licença a vocês, fiquem à vontade. –Sophia se levantou.
- Não precisa Sophy, eu e a agente Scully não temos nada o que conversar. – Monica falou friamente.

Levantou-se, pegou seu tradicional sobretudo de couro preto e saiu da sala deixando uma agente cabisbaixa e a outra sem entender nada.

- Não pergunte nada! – Disse Scully fintando o chão e passando a língua nos lábios em um gesto só seu.
- Eu não preciso perguntar o que é evidente agente Scully, eu só lhe digo uma coisa; Monica é uma mulher e tanto. É a pessoa com o maior coração que eu conheço. Mas não brinque com ela. Você a conhece muito bem. Se quiser consertar as coisas, se gosta dela... Vai atrás. – Falou Sophia docemente.
- Não sei do que está falando.
- Não seja tola agente Scully, por que eu também não sou. Quanto a você eu não tenho 100% de certeza. Mas dá pra ver nos olhos de Monica, que ela te ama. Eu conheço sua história com o agente Mulder. Todo mundo conhece. Se realmente ele era tão importante assim por que voltou para o FBI? E ainda por cima está junto a ela.

Se você não a ama, deixe-a viver... Se a ama, eu já disse. Corra atrás do que é seu. Porque o coração dela é seu. Passar bem! – Sophia falou olhando a firme e depois deixou a sala. Ligou no celular de Reyes, mas estava na caixa de mensagem. Deixou um recado para ela e depois ligou para Verônica.

- Oi loira gostosa! – Atendeu a morena.
- Oi morena deliciosa! – Sorri. – O que quer fazer hoje? – Perguntou ela inocentemente.
- Amor com você! – respondeu ela sedutoramente.
- Além disso, sua safada!
- Que tal uma farra? Um clube ou uma danceteria sabe se lá? – Falou ela dando de ombros.
- Você anda muito atrasada Verônica! Isso é meio anos oitenta. Hoje em dia se vai às boates, casas noturnas, casas de swing, coisas do tipo.
- Eu fico com a boate então! .
- Ok! Posso passar aí pra te ver? – Pediu Sophia com a voz manhosa.
- Não só pode, como deve!
- Estou indo então.Era uma sexta-feira, e ambas aproveitaram tudo que o fim de semana lhes ofereceu.

Já Monica passou todo ele vendo filmes antigos e comendo pipocas.

No domingo à tarde ligou o telefone e viu que tinha doze mensagens de Scully e duas de Sophia. Olhou as de Sophia e depois apagou as outras. Não queria ver a cara de Dana tão cedo.Scully tentou ligar varias vezes, mais nada. Caixa eletrônica toda vez.

Até uma hora que desistiu. Uma hora iria ter que se falarem.



****
Sophia estava deitada dormindo sobre o peito de Verônica, suas pernas entrelaçadas e o lençol até sua cintura. Seu celular tocava desesperado.

- Já vai! Já vai, calma!
- Winllous! – Atendeu  com a voz sonolenta.
- Sophia sou eu, seu tio Tom.
- Olá tio! – Se sentou na cama acordando Verônica.
- Eu consegui o mandado. Mandei para seu superior no FBI, é só pegar a assinatura dele.
- Nossa tio! Obrigada! Estarei indo para lá agora mesmo. – sorri.
- De nada minha filha, e tome cuidado, não foi fácil para mim, e não será para vocês.
- Pode deixar tio! Mais uma vez, obrigada! - Desligou e olhou par sua morena que a observava com carinho.
- Conseguiu o mandado?
– Parece que sim, veremos se o FBI vai libera agora. Bom amor, eu preciso ir, e você também. – a loira encheu o rosto da morena de beijos.
- Ahhh não! Aqui está tão bom. – Laçou a loira pela cintura, puxando-a para si.
- Mais tarde quem sabe, o dever nos chama.
- Mas são apenas seis horas. – Verônica mostrava manhã.
- Ta bom, só um pouquinho! – respondeu com um biquinho e depois a beijou.

Às nove estavam prontas, Ver ônica em seu Tailleur preto impecavelmente sexy, e Sophia em um terninho verde oliva, e sapatos de salto.

Pegou seu sobretudo bege, arma e distintivo. Despediu de sua namorada na garagem do prédio, escutando o pedido dela para não irem ao CTAMA sozinhas.

Ligou para Reyes no caminho contando as novidades. Conversaram alguns minutos, depois se despediram planejando se encontrarem em uma hora.



****


SEDE DO FBI WASHINGTON DC. 09:25 AM.


Scully encontrou a agente Winllous na entrada do prédio do FBI.

- Bom dia Scully! – cumprimentou-a com um sorriso.
- Bom dia Winllous! – Respondeu com a cara fechada.
- Consegui o mandado, eu acho!
- Que bom! Reyes irá com você? – Perguntou em seu tradicional tom, sério.
- Sim, já falei com ela, deve estar chegando. A propósito, Verônica Zscheck me garantiu que sua autorização estará em suas mãos ainda hoje.
- Tem tido contato com ela então? – perguntou Scully curiosa.
- Hã, bem... Eu andei falando com ela no fim de semana. – Respondeu ela  tolamente vermelha.
- Hum! Ok.

Sophia foi à sala de Skinner e ele pediu para que ela esperasse até depois do almoço, que o departamento de justiça não tinha passado todo os dados do caso para as mãos do FBI ainda. Que mesmo com o mandado, elas teriam que aguardar a resposta do departamento de justiça. Quando saiu da sala do diretor encontrou Reyes no elevador, descendo para o porão. Ligou para Verônica mais ela não atendia. Foi para um lugar mais afastado tentar sinal para o celular.Monica deu de cara com um Scully com cara mais mal humorada que já havia visto.

- Bom dia! – Disse ela à agente ruiva.
- Só se for para você Monica, eu tentei te ligar a semana toda. E você não retorna os meus recados. – Scully falou baixinho e com a voz firme.
- Pra que? Pra dizer que você não é gay, que ama Mulder e que não quer uma lésbica do seu lado? Não, obrigada! – A mandíbula da morena estava contraída de raiva.
- Monica. Sejamos adultas, somos profissionais! Eu adoro você, te considero minha amiga. Eu lamento tê-la tratando tão mal, desde o início. Eu não sabia de seus sentimentos. Isso não mudará nada entre a gente. Por favor, sejamos civilizadas, deixemos as coisas se encaixarem naturalmente. – A calma da ruiva era o que Monica mais admirava. Ela sempre parecia imune a tudo.
- Como quiser agente Scully. – Respondeu Reyes dando de ombros.
Sophia entrou na sala com os olhos em chamas, e praguejando baixinho.
- O que houve? – Perguntou Reyes.
- É a droga desse caso que eu não entendo patavina, é o departamento de justiça, os militares e a submersão do FBI. – Falava ela totalmente nervosa.
- Bem vinda ao clube Winllous, eu estou tentando descobrir isso há quinze anos. – Disse Scully sentando-se à mesa.

O clima da sala era tenso, Sophia não largava o telefone. Scully olhava arquivos antigos e Reyes estava ao computador. Às cinco e meia da tarde, Verônica entrou em contato com Sophia, que atendeu ao telefone quase a engolindo pela linha.

- Quem diabos de Hades você pensa que está fazendo? Sabe quantas vezes eu te liguei Verônica? Eu aqui morrendo de preocupação, bastava você me ligar?

Scully e Reyes se olharam em questionamento, Monica com uma careta e Dana com a sobrancelha em pé.

- Que droga Vê, eu fiquei preocupada... Mas e meu mandado?... Se a droga do departamento de justiça não libera isso?... Ok ... eu digo. E por favor, vê se não some.

Desligou o aparelho em um gesto brusco e o jogou no bolso do sobretudo, pendurado na cadeira.

- Scully, você terá que ir ao departamento de justiça assinar sua autorização. Reyes, nós teremos que esperar. – Disse ela com as mãos na cintura.
- Vocês podiam já ir para Maryland. Já esperar isso por lá e ver se meus corpos ainda estão no lugar. Se a segurança está restrita. Depois que eu sair do departamento de justiça eu vou para Quântico, e vocês me enviariam os corpos. – Scully sugeriu. - Pelo que vi durante a semana, no qual não deixei de ir lá, estava tranqüilo, falei com xerife no fim de semana e tudo está na mesma, mas sempre é bom dar uma olhada nas coisas. Apesar de que, sem autorizações não podemos fazer nada. – Continuou ela.
- Eu acho uma boa idéia! Eu estou ficando louca aqui nesse porão. Eu estou morrendo de fome, nem café eu tomei hoje direito. Moni? Vamos comer algo antes de irmos para Maryland? – Perguntou a loira já pegando seu sobretudo.
- Vamos! – a morena pegou suas coisas na gaveta da mesa.
- Agente Scully, qualquer coisa entre em contato conosco. – Pediu Sophia.
- Pode deixar.



****
SEDE DO DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA WASHINGTON DC. 06:00.


Depois de muito conversa, ligações e instruções a agente ruiva conseguiu a autorização para sua autópsia. Ligou para Quântico reservando uma sala para isso e pedindo para mandar transporte à Maryland.

- Nome, por favor? – Pediu o funcionário do FBI.
- Dana Katherine Scully.
- Número de identidade?
- 2317-616
- A gente número?
- JTT00331613.
- Número da autorização?
- 45252897-KJL62
- Muito obrigada agente Scully, seu pedido será atendido imediatamente. Tenha uma boa noite.
- Obrigada!


HOSPITAL MUNICIPAL DE MARYLAND. 08:17 PM.


Entraram no hospital observando o movimento. Parecia tudo normal.

- Sophy? – Chamou Reyes.
- Hum?
- Está mais calma? – perguntou ela.
- Estou! Por quê?
- Porque eu tenho uma pergunta. – Falou Monica com um olhar curioso.
- A resposta é sim. Estamos juntas! – Respondeu ela séria
- Você não perde tempo mesmo em loirinha?
- O que eu posso fazer se ela é a mulher mais gata que eu já vi, e se ela não resistiu aos meus encantos? – sorriu maliciosamente.
- Você não presta!
- Nem você! – Sorri. Seu telefone toca em seguida.
- Vou fazer um seguro para minha orelha, ninguém usa mais o celular que eu. - Monica sorri.
- Winllous!... Oi... A sim, está... Ela está aí com você?... não?! Hum!...  ok! vou falar com ela, espere.

Moni, Scully está no departamento de justiça, está saindo de lá agora, ela pediu para enviarmos os corpos para ela agora.

- Pode ser! – Respondeu ela sem muito entusiasmo.
- Estará lá em algumas horas... ok... Bye! – Falou Sophia voltando ao telefone.

Desligou e colocou o aparelho no bolso.

- O amor é uma ilusão. – Disse Monica cabisbaixa.
- Ela ainda vai se render, você só precisa deixar ela se acostumar com a idéia. – Falou Sophia sorrindo, e olhando a amiga.
- Não sei do que está falando! – Disse Monica surpresa.
- Você acha que eu sou trouxa? Não sou não minha amiga! Eu sei que gosta dela. Acho que eu me esqueci do “ruivas!!!” daquele outro dia? Sou loira, mais não sou burra não minha queridinha. A prova disso é que eu estou no FBI. Agora chega de papo e vamos trabalhar que eu estou ficando doida já.



ACADEMIA DE TREINAMENTO DO FBI – QUÂNTICO VIRGINIA. 10:35 PM


Duas horas depois, Scully já estava autopsiando os corpos. Com um jaleco branco, óculos apropriados e um gravador na mão, fazia seu trabalho.

- Caso número 2456998-JI. Nome; Salvador Lopes, latino, aproximadamente 35 anos. Causas da morte desconhecidas. 99% da pele do cadáver contêm queimaduras por algum tipo de acido químico não identificado. O exame ocular não indica asfixia, mas indica um tipo desconhecido de queimaduras de segundo e terceiro grau, assim como o restante do corpo.  A agente começou a abrir o corpo.Trinta minutos depois suas parceiras entravam na sala.
- O que estão fazendo aqui? – Perguntou ela retirando o fígado do cadáver.
- Viemos checar se está tudo bem. – Disse a morena.
Scully pega o gravador.
- O fígado está com o tamanho alterado, há uma grande concentração do padrão lobular. Hemorragias multifocais na superfície capsular do fígado. Edema da parede da vesícula biliar com patéquias na mucosa da vesícula. Ocasionalmente ascite e hidrotórax. Edema perirrenal. Fezes secas, compactadas e cobertas por uma película de muco e estrias de sangue coagulado. Patéquis e equimoses em varias superfícies serosas e mucosas, incluindo intestino. Hemorragia no epicárdio. Partes do ficado, estomago e intestino, pâncreas e baço contem os mesmos tipos de queimaduras. – Fazia a agente seu relatório oral.
- Isso é nojento! Nunca vou me acostumar com isso! – Falou Sophia com cara de nojo.
- Nem eu! – Concordou Reyes. – E o outro corpo? – perguntou ela mudando de assunto.
- Já está pronto! – Disse ela retirando as luvas e abrindo uma gaveta. – Foi assassinado, um tiro na parte inferior da cabeça, morreu na hora. Achei escoriações pelo corpo, o que indica espancamento. Nenhuma digital, epitélios ou fibras. O que indica que o corpo foi lavado. – Falou Scully empurrando o corpo novamente para gaveta.
- E o outro corpo demorará muito para terminar? – Perguntou a agente Loira.
- Não muito. Preciso dos exames toxicológicos. Os testes de pele, sangue, e o do conteúdo do estomago, bem, entre outros.

Sophia fez cara de nojo. Seu celular toca e ela reconhece o número sendo da área de Washington.

- Winllous... Sim...  – As outras duas agentes a observavam. - ... Sim... obrigada! Estamos em Quântico, Virginia, mas chegamos lá em quarenta minutos. Obrigada.

Ela desliga o telefone e olha o seu relógio de pulso.

- Moni conseguimos o mandado. Vamos, temos trabalho a fazer. – Disse a loirinha se levantando da cadeira.
- Scully, creio que em duas ou três horas estamos de volta com as amostras para análises. Descanse, qualquer coisa nós manteremos contato. – Monica disse.Scully continuou seu trabalho. Cerca de 10 minutos depois seu celular toca.
- Scully! – Atende.
- Scully, é Verônica Zscheck. Você tem que sair daí. Agora! Pegue o que precisa e saia do prédio agora. Estão atrás de você. – Dizia a morena em sussurro.
- Por que está sussurrando? Onde está? Como sabe disso? – Scully estava atônita.
- Droga não vai dar tempo. Coloque outro corpo na maca e esconda o de Salvador Lopes. Agora!!! Não os deixe te pegar. – Desligou.

Scully mais que depressa fez o que a mulher lhe mandara e pegou sua arma. Abriu a porta do necrotério e saiu com a arma em punho. Jogou os óculos em algum canto e continuou observando o lugar. Chegou frente ao elevador e viu que estava subindo alguém. E que o andar já havia chegado. Quando a porta ia abrir escutou passos vindo nas laterais, mas não deu tempo de defender. Uma mão tampou-lhe a boca e puxou-lhe para traz de uma pilastra. Ela não podia ver quem era, então começou a se debater em vão.

- Shhhhhhh! Quieta, sou eu Verônica. A agente ficou então imóvel. Três homens saíram do elevador.
- Você; ache a médica. Você; procure saber onde está a morena e loira. Eu vou ver se acho o corpo daquele imbecil. – Dizia o que parecia ser o líder do bando.

Scully não pode ver o rosto deles, mais aquela voz não lhe era estranha. Quando eles se desviaram, Verônica puxou-lhe para dentro de uma sala. A ruiva então começou seu questionamento ainda com a sala escura, iluminada apenas com as luzes do pátio que passava pelas janelas.

- Você é louca? Quase me matou de sustou! Como sabia que eu estava aqui? O que está fa.... Shannon McMahon!!!??? – Se espantou .
- Fala mais alto e pegam à gente. – sussurrou.
- Você está morta.
- Do mesmo jeito que eu e Mulder matamos matei Knowle Rohrer. Onde está Sophia e Reyes? – Desviou o assunto.
- Foram para o CTAMA recolher material para análises. Winllous conseguiu o mandado. – A agente estava em choque com a visão de Shannon a sua frente.
- Droga! Eu disse pra ela não ir lá. Elas serão mortas se forem para lá. – Falava mais para si do que para Scully.

O que ela não entendia era por que Sophia estava desobedecendo a uma ordem sua.

- Eu preciso tirá-la daqui e ir atrás delas. Quanto tempo faz que saíram daqui? – Perguntou ela sussurrando.
- Tem uns vinte minutos.
- Droga! Venha, vamos sair daqui?

Quando iam saindo da sala escutaram vozes. A médica sumiu. – Disse um dos homens. – Nem sinal dela.

- As outras duas saíram à cerca de vinte minutos. – Disse o outro.
- Aquela vadia sumiu com meu corpo. Quando eu achá-las, vou mostrar com quem realmente elas estão brincando. Vamos nos mandar daqui antes que nos peguem. - Os homens saíram pelo elevador e elas pelas escadas.
- Quem são eles? – Perguntou a agente.
- Os mesmos de sempre. Eles nunca vão desistir. Vá para sede do FBI, lá você estará mais segura. Eu irei atrás das outras duas, antes que aconteça uma atrocidade.
- Eu não vou deixar você ir atrás delas. – Disse a agente sacando sua arma.
- Pode atirar se quiser agente Scully, você sabe que não vai fazer nada além de estragar meu casaco Chanel.
- Eu não posso deixar você ir atrás dela, não sei o que faria.
- Olha aqui agente Scully, eu realmente estou preocupada com Sophia. Se algo acontecer com ela eu não me perdoarei jamais. Pois eu  abri a boca,  e contei “tudo”  que ela sabe. - Scully então entendeu o nível da situação e abaixou sua arma.
- Então me deixe ir com você, eu também não me perdoaria se acontecesse algo com Monica.
- Tudo bem, vamos sair daqui.

Ambas tentavam contatos com as outras duas agentes, mas seus celulares estavam fora de área. Shannon dirigia em alta velocidade, praguejando constantemente.

- Droga! Sophy atende esse telefone!!!
- Shannon, eu não preciso lembrá-la que eu estou sujeita à morte. Você não morre, mas eu sim!
- Fique tranqüila, você vai ficar bem, se eu não correr elas que não ficarão. – Disse ela sem tirar os olhos da estrada.
- O que está acontecendo? – Perguntou a agente.
- Agente Scully, são os mesmos, eles voltaram para o mesmo lugar, estão fazendo testes com as mesmas pessoas, eu mudei meu nome e estou tentando viver uma vida normal. Sei que parece estranho eu estar no departamento de justiça outra vez. Mas lá é um lugar que provavelmente, não iriam me procurar. Ainda mais na promotoria. Mas isso me persegue. Eu não posso mais envolvê-las nisso. Principalmente agora que eu conheci Sophia.

Parou no acostamento da ponte do rio Potomac. Saiu do carro e retirou seu casaco, e o restante da roupa, jogando os no chão, ficando apenas com as peças intimas. Scully não entendeu nada.

- O que está fazendo? – Perguntou Scully saindo do carro.
- Não conseguiremos entrar por lá. Você sabe que posso respirar debaixo d’água, vá paro o CTMA, e tente entrar escondido. Eu irei pela água. – Ao terminar o que dizia pulou da ponte.

Scully correu até a borda e olhou para baixou, mas não viu mais nada. Pegou o carro e foi para o centro de tratamento.



****

Sophia e Monica entregaram o mandado ao chefe dos militares. Ele deixou que elas entrassem no local. Ao entrarem no reservatório de água as portas foram fechadas. As agentes sacaram suas armas e ficaram atentas a qualquer movimento.

- Monica, o que está acontecendo aqui? – Perguntou Sophia assustada.
- Juro que se sairmos daqui eu te conto. Colocaram costas com costas fazendo posição de ataque.

A morena era bem mais alta e mais forte, mas Sophia lutava perfeitamente bem. Isso lhes dava uma esperança de vida. Três homens se aproximam e um deles era bem conhecido por Reyes.

- Olá agente Reyes! – Disse ele aproximando de uma espantada agente.

Seus olhos não acreditavam no que via.

- Não pode ser!!! Você está morto!
- Uma cópia nunca é demais. – Disse ele com o olhar cheio de ódio.

Ele se aproximou e Reyes atirou contra ele varias vezes, não causando dano algum. Sophia estava perplexa. Ele desarmou-as sem dificuldades, olhou nos olhos da morena e disse:

- Devia tê-la matado quando tive chances. - Pegou-a pelo pescoço levantando-a do chão. Ela se debatia à falta de ar.

Sophia se aproximou tentando atacá-lo, mas ele a segurou.

- Afoguem essa vadia! – Disse ele entregando ela a outro homem de porte também muito forte.

Monica não podia fazer nada para ajudar a amiga. Pensou em Scully, e desejou que nunca tivessem se conhecido, apesar do amor por ela ser a coisa mais importante que já ocorrera na sua vida. Ela então viu os outros dois homens afogarem a amiga em um dos tanques de água.

- Eu vou matá-las e depois eu acharei aquela ruiva dos infernos, e ela terá o mesmo fim que vocês duas.
Foi a última coisa que ouviu.



****


Shannon chegou a tubulação quando ouvia Rohrer perguntava se a loira estava morta?
 - Afogaram a loira?
- Sim!

O susto que ela tomou foi o bastante para que ele notasse sua presença. A raiva dela não pode ser contida, ela apareceu em sua frente e sem que percebesse os outros dois homens estavam mortos.

- Sentiu saudades querido? Onde está Sophia?
- Sua vadia! Devia estar morta! Mas agora você vai para o mesmo lugar que ela foi! Para o inferno!
- Não antes de você! – o empurrou para dentro de um dos tanques.

Ela lutou com ela por alguns minutos. Ele lhe feriu bastante, mas ela conseguiu quebrar-lhe o pescoço... Isso provavelmente deixá-lo-ia morto por uns minutos.

Logo em seguida foi procurar Sophia. Ao vê-la, seu coração se desesperou. Estavam a metros debaixo d’água.  Passou-lhe todo o ar que podia.



****

Depois de muito sacrifício, Scully conseguiu passar pela guarda militar sem ser notada. Entrou pelos encanamentos inferiores e chegou até os reservatórios de água. Viu a arma de Monica no chão e saiu correndo com a sua em mãos. Quando viu a morena jogada no chão se desesperou. Correu até ela, ajoelhou-se junto a ela e colocou a mão em seu pescoço. O pulso estava muito fraco, quase imperceptível. Viu as marcas de dedos no pescoço dela.

- Pelo amor de Deus, Monica, não morre! – desesperada puxava a morena  fazendo respiração boca a boca, e massagem cardíaca.
- Monica!!!! Acorda, pelo amor de Deus! Não me deixa!!! – Ela continuava a fazer respiração boca a boca, várias e várias vezes. Seus olhos já estavam cheios d’água.
- Monica, fala comigo meu bem, não me deixa. Perdoe-me moni,... Não me deixa, por favor... Monica!!! Monica!!! Monica acorda!!! Por favor!!! – Ela chorava desesperada abraçada à morena. – Eu preciso de você. Pára com isso, não tem graça! Monica! Por favor, acorda!
- Dana! – Disse a morena tossindo.
- Monica, Graças a Deus! – Ela beija várias vezes a boca da morena.
- Dana, Sophia... – Falou Monica com dificuldade.
- Onde ela está? – Perguntou ela colocando a morena sentada e se levantado.
- No tanque, eles a afogaram.
- Qual?
- Esse! – Apontou ela quase sem forças. - Quando ia chegando viu Shannon saindo da água com a loirinha no colo.
- Meu Deus, como ela está? – Perguntou Scully assustada, enquanto Shannon colocava a loira deitada no chão.
- Não muito bem. está desmaiada. Ela bebeu muita água, Tenho que tira-la daqui. Como está a agente Reyes? – perguntou ela.
- Está viva, graças a Deus.
- Ajude-a então. Temos que sair daqui, Rohrer me viu.
 - Vê... Eu estou com frio! – sussurrava a loira com dificuldade, se agarrado a sua salvadora.
- Eu vou tira-la daqui meu amor. – pegou a loira no colo novamente.
- Vo.. Voc.. você também está viva? – perguntou Monica boquiaberta.
 - EU nuca morri, só dei o fora! Vamos sair daqui agora, quebrei o pescoço daquele filho de uma puta, mas ele acordará em breve.

 Em cinco minutos estavam fora das entalações do CTMA.

- Shannon? O que está fazendo aqui? – Perguntou a morena ainda fraca.
- Verônica! – corrigiu Scully.
- Verônica? Então você é...
- Sim! Sou Verônica Zscheck... Vão para o hospital mais próximo que acharem, menos o daqui de Baltimore Ela precisa de cuidados urgentes. Por favor, gente Scully, de isso a ela agora mesmo, é uma vacina. Não deixará que a água que ela ingeriu lhe faça nenhum mal -Colocou Sophia no banco traseiro e fechando a porta.
- Aqui estão as amostras. – entregou-lhe três frascos, e a vacina à agente ruiva.
- Eu vou sumir por uns dias. Mas diga a Sophia que estarei na casa dela na quinta-feira. Se forem voltar aqui, tomem cuidado. Peça a ajuda de Doggett, vão precisar. Eu as ajudarei no que puder. – Suspirou e fez uma pausa. – Conte a verdade a Sophia, por favor! – Pediu ela. Foi ao porta-malas do carro e pegou um cobertor, e estendeu sobre a loira, beijando-lhe os lábios de leve.
- Por tudo que é mais sagrado, cuidem dela, pelo amor de Deus.
- Shannon, você também precisa de cuidados, está sangrando. – Scully se preocupou.
- Eu estou bem, Eu não sinto dores lembra? Eu não posso morrer .
- Onde está aquela coisa em sua coluna? Sumiu? – Reyes quis saber.
- Eu tirei, é uma longa história. Contarei outra hora. Agora precisão ir. Tomem cuidado!
- Tudo bem! Tome cuidado também. – Disseram ambas as agentes.
- Podem usar meu carro. Eu dou um jeito. Até mais garotas. – Ela se despediu e saiu da vista das duas agentes.
- Rohrer está vivo Dana. – Disse Monica olhando seriamente à ruiva, que olhava a mulher de olhos azuis se afastar.
- Eu sei!  Shannon lutou com ele. Entraram no carro e foram para o hospital mais próximo.

O estado de Sophia era crítico, ela bebera muita água. Teria que ficar internada e com apoio de aparelhos pelo menos uma noite. Scully pediu a transferência dela para DC, o que foi rápido. Monica tomou alguns medicamentos depois foi liberada.



HOSPITAL ESTADUAL DE WASHINGTON DC. 03:45 AM


Monica e Dana estavam sentadas na sala de espera do hospital. Uma em um lado e outra do outro, de um mesmo sofá. Tudo que podiam fazer por Sophia já havia sido feito. O medico dissera que fora sorte ter realizado o socorro de emergência a tempo.- Eu não acredito que vamos passar por isso de novo Dana. – Disse Monica com a cabeça baixa.

- Eu também não, mas temos que ser fortes. Se não formos nós, quem será? – Respondeu ela séria.
- Obrigada! – Disse a morena.
- Pelo que?
- Por ter salvado minha vida. – Scully sorri.
- Sempre! – pegou a mão da morena entre a sua. – Você tem que descansar.
- Você também!
- Eu estou bem Monica!
- Eu quero ficar aqui.
- Então, deite-se aqui! –Scully ofereceu seu pequeno colo á morena.

Monica obedeceu com um lindo sorriso nos lábios e se aconchegou ao colo da pequenina ruiva. Scully ficou mexendo em seus cabelos até que dormisse. Deu um beijo na cabeça dela depois acabou dormindo também.

 
 
CONTINUA..
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