10/01/2010

Deixe-me ser seu Sol....

SOL: Ó Lua, minha amada, porque te escondes? De que tens medo?
LUA: Ainda bem que vieste falar comigo, meu amado. Estava mesmo a
precisar. É que sou muito fechada em mim mesma, sabes?
Tenho medo de me expor, medo que me achem ridícula, medo de me fragilizar.
SOL: Mas... mas tu és tão bonita! Olha, vem passear comigo. Queres?
LUA: Está bem, eu aceito a tua proposta. Estou mesmo a precisar de apanhar Sol.
SOL: Então vem. Eu posso ajudar-te, se quiseres.
LUA: Mas como? Às vezes sofro tanto! Sou insegura, principalmente na minha fase de
Lua Nova, quando mergulho na minha própria sombra.
SOL: Sabes o que te digo? Quando te sentires insegura, lembra-te deste teu amor.
Eu, com a minha luz e calor irei iluminar-te e consolar-te. Deixa que te ajuda, e assim
serás ajudada. Eu sou Luz, sabes? E posso iluminar a tua sombra. Só preciso que tu permitas...
LUA: Mas eu tenho medo de deixar de ser quem sou, como sou. Sabes, já me conheço assim
há muito tempo. Tenho medo de mudar.
SOL: Ficarias ainda mais bonita, mais sensível, mais doce, e também mais equilibrada.
LUA: Começo a ficar tentada, amado Sol. Gostava de ser uma Lua com auto-estima mas,
como sabes, tenho fama de instável...
SOL: Não sejas pessimista. Sei que vais conseguir. Deixa que te ilumine.
LUA: Estás a ser muito generoso...
SOL: A minha natureza é generosidade, pois ilumino todos os Seres sem
discriminação. Alguns é que não querem deixar-se iluminar. Até parece que têm medo da Luz.
LUA: Será esse o meu caso?
SOL: Talvez. Mas confia em mim. Eu sou Luz.
LUA: OK, acho que me convenceste. O que devo fazer então? Por onde devo começar?

Diz uma tola:

Je T'aime

Durante aqueles pensamentos mais íntimos, onde eu busco a respostas de todos os raciocínios mais inusitados, a resposta para o que é o jardim de ilusão, mente e segredo de um angustiado coração. Vejo um nada.

Paixão? Verdade, amor, presente? Quem sabe futuro.

De alguma forma, esse meu EU mais lógico e silencioso, me pede um domínio racional, onde eu encontro todas as razões para pedir uma vez mais, e mais, e mais a razão de tudo.

Não sei pensar, me perco em seu calor. Naquele corpo a corpo.

Pele junto à pele. E no desejo de quem sabe quebrar o controle que te domina.

É como desejar um ar desesperado depois da falta de fôlego durante os momentos de paixões.

É mágico, intimo e puro. É quase ou talvez desespero.

É sentimento. É profundo, sou eu e você.

Somos nós, eu, e quem sabe, também você.

Juntas, admirando a beleza do hoje, sem sonhar com o amanhã.

Não, não, isso somos nós hoje.

Sou eu idolatrando a lua, no momento que você atinge o sol sem perceber.

E quando a chuva que tem cheiro ruim cai e esconde o sol, revelando um sorriso seu, eu me vejo em um precipício sem fundo, onde só existe dor.

Me pergunto por que? Por que no momento que você pedir ar, irei te dar, socorro, eu vou ajudar, paixão, me jogarei ao chão, desejo, estarei eu lá, com flores e beijos e também desejos.

Se eu morrer de agonia, não se culpe,

Se eu morrer de alegria, sorria.

Eu vejo o mundo, e a alma sóbria de um futuro nunca existente.

Se eu morrer de melancolia, terá um por que. Um porque que você nunca irá duvidar ou desejar saber. Será a aliança da minha alma com a sua Inocência.

E se, se eu não puder ver, guie-me ao ar, mostre-me seu silencio respirar.

E se, se eu amar, será ou não erro? E se eu me derramar e te conquistar?

Não imagine o certo, mas o estar.

Sem segredos, sem medo, sem dor, preconceitos, defesas, sem ouvir, mas sentir.

E se isso eu puder te dar?

E se você imaginar um eu, um nós, feche os olhos e esqueça o passado.

Quando aquele desejo urgente surgiu, não poderei conter. Muito menos ver, mais terei. Serei capaz de morrer, e chorar a dor, que até hoje, só conhecia por nome. Na realidade estou morrendo, pois sinto que estou caindo, caindo, caindo e caindo nos braços do desconhecido.

Talvez não eu seja capaz de escrever melodia escrita para nós.

A música que cantei no nosso primeiro amor, gira em minha mente como um tabu. Ela foi capaz de tocar um poeta.

O fez sonhar um só sonho. Um sonho de sonhar com um poema, em que eu dizia minhas dores, temores, sonhos.

Tão simples que doi.

Um simples te amo, não vá, não faça, me espere, e até mesmo me beije, não sai da minha boca. Me trava a língua e me arrebenta o coração.

Eu sou tão fútil, que te venero como uma tola, como um soldado que não pode mais lutar.

Como um rei, como um deus, como um homem que não sou. Como um artista de cinema, como Romeu e Julieta em papeis trocados.

Perdoa-me, perdoa-me, perdoa-me... Mas se há algo que eu queira, é um todo, é você, ou honestamente uma coisa só, teu coração.

Minha ingenuidade é quase mórbida! É tola.

Sabe quanto dói sonhar uma realidade que nunca se realizará.

Estar com um alguém que nunca será seu?

Sabe o que é chorar a dor do passado vivendo o presente, e se preparando para o futuro.

Pergunto-me todo o minuto, quão má eu fui? Será castigo dos deuses?

Meu intimo mais profundo e petrificado, agora grita urros de angustia e clamores desesperados. Chora todas as lagrimas reprimidas pela frieza construídas no decorrer dos fatos.

O que aconteceu comigo, não será respondido. Sinto que estou caindo morrendo, chorando, amando, me apaixonando, me encantando, desejando, sonhando, fixando meus pés na realidade.

Sonhos e mais sonho, nada mais?

Meu corpo está leve, mas sinto minha alma pesada.

Borboletas roxas com bolinhas verdes, corroendo meu estomago.

Meus cinco sentidos aguçados. Perfume, carinho, olhos, beijo e sussurros.

É quase uma overdose de sentimentos. É o meu bem estar, meu EU mais bonito, é o meu sorriso bobo, meu carinho, é meu coração de pedra sendo derretido, é meu presente, são os deuses me amando ou odiando, é meu desejo mais intenso e inocente, é minha paixão... É você.