
LUA: Ainda bem que vieste falar comigo, meu amado. Estava mesmo a
precisar. É que sou muito fechada em mim mesma, sabes?
Tenho medo de me expor, medo que me achem ridícula, medo de me fragilizar.
SOL: Mas... mas tu és tão bonita! Olha, vem passear comigo. Queres?
LUA: Está bem, eu aceito a tua proposta. Estou mesmo a precisar de apanhar Sol.
SOL: Então vem. Eu posso ajudar-te, se quiseres.
LUA: Mas como? Às vezes sofro tanto! Sou insegura, principalmente na minha fase de
Lua Nova, quando mergulho na minha própria sombra.
SOL: Sabes o que te digo? Quando te sentires insegura, lembra-te deste teu amor.
Eu, com a minha luz e calor irei iluminar-te e consolar-te. Deixa que te ajuda, e assim
serás ajudada. Eu sou Luz, sabes? E posso iluminar a tua sombra. Só preciso que tu permitas...
LUA: Mas eu tenho medo de deixar de ser quem sou, como sou. Sabes, já me conheço assim
há muito tempo. Tenho medo de mudar.
SOL: Ficarias ainda mais bonita, mais sensível, mais doce, e também mais equilibrada.
LUA: Começo a ficar tentada, amado Sol. Gostava de ser uma Lua com auto-estima mas,
como sabes, tenho fama de instável...
SOL: Não sejas pessimista. Sei que vais conseguir. Deixa que te ilumine.
LUA: Estás a ser muito generoso...
SOL: A minha natureza é generosidade, pois ilumino todos os Seres sem
discriminação. Alguns é que não querem deixar-se iluminar. Até parece que têm medo da Luz.
LUA: Será esse o meu caso?
SOL: Talvez. Mas confia em mim. Eu sou Luz.
LUA: OK, acho que me convenceste. O que devo fazer então? Por onde devo começar?
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